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Bolsonaro transformou cartão corporativo em rachadinha, diz Tales Faria

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/01/2023 13h19

O colunista do UOL Tales Faria comentou, durante o UOL News, os oito saques de R$ 1 mil que o motorista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou em um dia.

Não foi o motorista que chegou lá e tirou R$ 8 mil, ele tirou oito vezes R$ 1 mil. Ele transformou o cartão corporativo em uma rachadinha, essa é a grande suspeita."

Ele também criticou as motociatas que custaram R$ 100 mil cada aos cofres públicos e os gastos em picanha.

É dinheiro público, não é só abuso de poder econômico, ele usou dinheiro público nessas motociatas."

Você vai ver, por exemplo, duas peças de picanha a R$ 740. Não existe duas peças a R$ 740, uma peça não é R$ 370. Parece ter nota forjada".

Tales: Moraes protege a democracia, mas tem que ter cautela para não virar mito

Tales Faria também falou spbre as ações do ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante o programa, chamado de "Big Alex" pelo New York Times.

Acho que ele protege a democracia, mas tem que tomar cuidado, algumas coisas serão revistas. Não dá para exagerar. A gente já teve um episódio de exagero, que foi o juiz Sergio Moro, e ele fez uma lambança. Não é o caso do Alexandre de Moraes, ele não está fazendo uma lambança, está agindo certo e foi duro como tinha que ser contra o bolsonarismo porque estava violento. Você tem o caso do Roberto Jefferson, que atirou contra policiais, e o caso da invasão do Congresso. É um grau de violência que se você não for extremamente duro, a coisa desandava."

Yanomamis: Não basta cesta básica; é preciso força-tarefa, diz pesquisador

O pesquisador do Instituto Socioambiental, Estevão Benfica Senra, afirmou durante o programa que o governo federal deve fazer uma força-tarefa para ajudar e proteger os yanomamis.

Quem tem fome, tem pressa. Então, essas pessoas precisam ter acesso à alimentação o mais rápido possível. É importante que o tratamento de pessoas que estejam com desnutrição grave, não basta só enviar cesta básica, pois a pessoa não consegue mais se alimentar da comida regular, então ela vai precisar ter acesso a outros tipos de suplementos alimentares. É importante uma força-tarefa médica para poder fazer aquilo que é o básico, que deveria ser feito e para o que foi desenhado o sistema de atendimento à saúde: garantir a cobertura vacinal, tratamento em massa de verminoses e busca ativa de malária".

Além disso, o pesquisador relatou que todos os poderes estavam cientes da situação dos yanomamis.

"Os alertas, se você faz um olhar histórico, você vai que estão por aí. Não só o poder Executivo que teve acesso a esses alertas, como também outros poderes. O poder Legislativo e o Judiciário também tiveram acesso a essas denúncias. Durante a pandemia de covid, a articulação dos povos indígenas do Brasil entrou com pedido, junto ao STF, para poder proteger as terras indígenas. A Suprema Corte também tinha consciência disso e exigiu que o governo tomasse medidas para proteger os povos indígenas."

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