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Yanomami: Desmonte de Bolsonaro parece plano genocida, diz antropóloga

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/01/2023 18h29Atualizada em 24/01/2023 21h39

O desmonte na área da saúde desses indígenas, em especial nos últimos quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (PL), é similar a um plano genocida, avalia a antropóloga Ana Maria Machado.

Em participação na edição das 18h do UOL News de hoje, ela comentou a crise humanitária identificada nas terras yanomami, localizadas no estado de Roraima.

[Isso está acontecendo devido a] contínua falta de assistência à saúde e de atendimento, a piora de todos os indicadores e uma explosão da invasão garimpeira. Nunca esperávamos ver que, após 30 anos da homologação da terra indígena yanomami, chegaríamos a essa situação catastrófica."

A antropóloga disse que, ao que tudo indica, o governo Bolsonaro tentou matar silenciosamente os indígenas yanomamis.

"Era essa a impressão que sempre tivemos ao longo desses anos. O governo não deu uma assistência básica, mesmo tendo milhões de reais a serem gastos com a saúde indígena", falou ela.

Ana Maria lembrou também que além de não proporcionar atendimentos básicos de saúde para garantir a vida dos yanomamis, o governo Bolsonaro incentivou o garimpo ilegal. "Isso é uma forma de evitar que esse povo possa continuar vivendo, existindo", afirmou.

Com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a antropóloga enxerga a possibilidade de melhora e mudança de postura com relação às políticas públicas voltadas para os indígenas. "Esperamos que essa situação possa se reverter", disse.

Juliana Dal Piva: Bolsonaro tem sido aconselhado a permanecer longe do Brasil

Durante o UOL News, a colunista Juliana Dal Piva disse que ainda não tem data para o ex-presidente Jair Bolsonaro retornar ao Brasil.

Ele viajou para os Estados Unidos com a esposa, Michelle Bolsonaro, no dia 30 de dezembro, e não participou da cerimônia de posse de Lula, que aconteceu em 1º janeiro.

Segundo a jornalista, o grupo ideológico, ou seja, os bolsonaristas mais radicais, defende que ele fique no exterior por receio de uma eventual prisão. Já o grupo político, ligado ao PL, partido de Bolsonaro, afirma que se o ex-presidente continuar nos EUA, vai reforçar a imagem de alguém que fugiu e está com medo.

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