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Após racha na Fiesp, Josué e Skaf falam em exemplo contra 'divergências'

Josué Gomes da Silva, atual presidente da Fiesp, assinou documento junto com o antecessor Paulo Skaf  - Divulgação/Governo de São Paulo
Josué Gomes da Silva, atual presidente da Fiesp, assinou documento junto com o antecessor Paulo Skaf Imagem: Divulgação/Governo de São Paulo

Marielly Campos

Colaboração para UOL, em São Paulo

26/01/2023 17h10

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, e o ex-presidente da entidade Paulo Skaf divulgaram, nesta quinta-feira (26), nota conjunta em busca da pacificação da federação.

Cabe a nós dar o exemplo de superação de divergências
Nota de Josué Gomes e Paulo Skaf

No documento, Gomes e Skaf afirmam que trabalharão em conjunto para fortalecer a Fiesp e impulsionar, por meio dela, o processo de industrialização do país.

"Trabalharemos juntos visando a contínua melhoria do funcionamento da nossa entidade e buscando atingir nosso propósito de impulsionar o desenvolvimento sustentável da nossa indústria e do nosso país", diz o texto.

Eles pedem ainda que eventuais divergências sejam abandonadas e convocam a união de todos.

Divergências. No último dia 16, uma assembleia aprovou a destituição de Josué Gomes da presidência da entidade. A votação, por 47 votos a um, com duas abstenções, aconteceu sem a presença do atual presidente.

Em reunião que antecedeu a decisão, ainda na presença de Josué, os membros da federação questionaram o atual presidente em 16 pontos, entre eles suas viagens e reuniões em Brasília, além do manifesto em favor da democracia, divulgado pela Fiesp e que não teria tido o consentimento de toda a entidade.

Revés. No dia 19, entretanto, a federação divulgou uma nota afirmando a manutenção de Josué à frente da entidade.

"A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) informa que Josué Gomes da Silva é o presidente da entidade e está no exercício pleno de suas funções, conforme determinam os estatutos vigentes", dizia o texto.

No início desta semana, Josué se reuniu com a diretoria e garantiu mais espaço aos sindicatos divergentes.

Leia abaixo a íntegra do documento:

Nas últimas semanas a Fiesp passou por momentos de discussões internas e públicas, que representaram um dos grandes desafios na história de mais de 90 abis da entidade. Diante disso, estivemos juntos refletindo sobre nossa Federação, a situação da Indústria e sua inserção no quadro de intensas transformações não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Concluímos que cabe a nós dar o exemplo de superação de divergências.

Assim, decidimos usar toda a nossa energia, capacidade de liderança e de articulação para fortalecera nossa entidade e impulsionar, a partir dela, o processo de reindustrialização do nosso País, fundamental para o avanço socioeconômico e a realização das mais nobres aspirações de nossa população.

Isso passa por uma gestão mais ampla e abrangente da Fiesp. Acreditamos que a participação de todos os sindicatos filiados, por meio de suas lideranças, seja fundamental para o bom funcionamento da entidade. Também é fundamental que o reconhecimento àqueles setores firmados por empresas pequenas e médias, fundamentais empregadoras, seja contínuo e representativo.

Trabalharemos juntos visando a contínua melhoria do funcionamento da nossa entidade e buscando atingir nosso propósito de impulsionar o desenvolvimento sustentável da nossa indústria e do nosso país.

Conclamamos a todos que abandonem eventuais diferenças e se unam a nós nesta jornada, com a certeza de que estamos fazendo o melhor pela Fiesp e e pelo Brasil.


Assinam a carta Josué Gomes da Silva e Paulo Skaf.