Política anti-indígena foi encorajada na Funai, diz futura presidente
A deputada federal e futura presidente da Funai, Joenia Wapichana (Rede-RR), afirmou durante o UOL News que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpriu a promessa de 2018 de dar uma "foiçada" na Funai.
Ele cumpriu isso. Essa foiçada é um sucateamento, é um desmonte. A política anti-indígena foi bastante encorajada dentro da Funai, hoje a Funai se encontra totalmente sucateada".
Além disso, Joenia conta que servidores e lideranças indígenas não conseguiram entrar na sala da presidência por quatro anos e que houve "todo um encorajamento para reverter a obrigação da Funai, encorajar invasões e flexibilizar regras".
Colocou militares para gerir e facilitar invasões, entrada de pessoas para explorar e, por outro lado, perseguiu indígenas quando denunciaram em tribunais internacionais"
Era possível ter salvo vidas yanomamis, diz nova presidente da Funai
Joenia considera que era possível ter salvo a vida dos indígenas pela quantidade de alertas feitos.
Essa tragédia que estamos vendo já tinha sido avisada e alertada. Todas as autoridades já tinham conhecimento e não foi por falta de denúncia dos povos indígenas, yanonamis, das próprias organizações e da própria comissão externa que apurou a responsabilidade naquele momento. Muitas denúncias foram encaminhadas por ações judiciais"
Sakamoto: Bolsonaro sempre foi tóxico; ele perde apoio porque perdeu poder
O colunista do UOL Leonardo Sakamoto comentou no UOL News o isolamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, onde ele está há quase um mês.
Bolsonaro sempre foi tóxico, a diferença agora é que muita gente perdeu o interesse nele porque perdeu o poder. Quando você perde o poder, perde a capacidade de fazer com que pessoas ganhem dinheiro e que as pessoas também tenham poder".
Na opinião de Sakamoto, Bolsonaro não ficou "tóxico" só por causa das ações golpistas.
Ele ficou responsável por 700 mil mortes. Não é de hoje que ele é tóxico. Ele é tóxico pelo que fazia, dizia, deixava de fazer, por conta da inflação e perda de emprego. Tem um monte de coisas que levaram o país quase ao limite. Agora, Bolsonaro é uma pessoa comum que pode, inclusive, ser presa".
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