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'Se não tivermos Bolsonaro, temos a Michelle para 2026', diz Valdemar

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro - Isac Nóbrega/PR
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro Imagem: Isac Nóbrega/PR

Colaboração para o UOL, em Maceió

27/01/2023 11h24Atualizada em 27/01/2023 15h09

O presidente do PL afirmou que se o ex-presidente Jair Bolsonaro não quiser disputar a presidência da República em 2026, o partido avalia lançar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. As declarações foram dadas em entrevista à CNN Brasil.

"Se o Bolsonaro não quiser ser candidato, nós temos também a Michelle. Ela se revelou no lançamento da [campanha de] Bolsonaro [em 2022]. Foi uma surpresa para todos."

Michelle Bolsonaro retornou ontem para o Brasil, depois de viajar no ano passado para os Estados Unidos. Entretanto, Valdemar da Costa Neto garantiu que ainda não falou com a ex-primeira-dama, mas deve fazer isso em breve.

Ele quer que Michelle comande o PL Mulher em todo o país e que faça palestras pelos estados para atrair o público feminino, que rejeitou a candidatura de Bolsonaro em 2022.

Possível cabo eleitoral. Conforme Valdemar da Costa Neto, se Jair Bolsonaro decidir disputar o pleito novamente, será um "candidato fortíssimo". Entretanto, se não for candidato, ele diz que o ex-mandatário "será mais forte ainda" como cabo eleitoral "porque esse movimento de direita veio para ficar".

O presidente do PL acredita que, caso apoie outro candidato, Bolsonaro não passará para o aliado a rejeição que ele obteve no último pleito "do camarada que odiava ele e votou no Lula porque não tinha outra opção". "O Bolsonaro apoiando outro candidato nós seremos imbatíveis na próxima eleição", destacou.

Zema e Tarcísio. Além de suscitar a possibilidade lançar Michelle como candidata do PL, Costa Neto também afirmou que deseja ter o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), no Partido Liberal, como possível presidenciável, e também citou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um "nome forte".

"O Zema vai ter que ver a vida dele, porque ele está em um partido que tem três deputados federais, não tem mais tempo de televisão, não tem mais nada. Ele vai ter que ver como ele vai construir essa [candidatura]. Para nós, é muito importante ele vir para o PL. Receberíamos de braços abertos. Ele é um candidato forte para daqui a quatro anos, assim como o Tarcísio."

Minuta golpista. Valdemar da Costa Neto reafirmou que a minuta golpista para anular o resultado das eleições encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, "não é grave".

Costa Neto disse que tanto ele quanto outros aliados do ex-presidente recebiam constantemente propostas de bolsonaristas para anular o pleito que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quase sempre com base no artigo 142 da Constituição. Contudo, o presidente do PL ressaltou que não havia qualquer embasamento legal para isso.

"Recebi várias propostas. Tinha gente que colocava [o papel] no meu bolso, que me entrega no aeroporto, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei", afirmou.