Marcos do Val diz que travou sozinho guerra contra Moraes, ministros e Lula
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) usou as redes sociais para dizer que travou sozinho uma guerra contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e outros três ministros, além do presidente Lula (PT).
O parlamentar diz que está em uma "guerra contra o sistema" após denunciar um plano golpista para grampear Moraes e inviabilizar a eleição de Lula (PT).
Ele apresentou pelo menos quatro versões diferentes da mesma história até agora e é investigado por suspeita de falso testemunho. Do Val também reclamou das críticas que está recebendo.
Pena que os brasileiros escolheram me apedrejar, me difamar, atacar a minha família, ao invés de me ajudar.
Senador Marcos do Val no Twitter
"O tempo vai mostrar a luta que travei para defender cada capixaba, cada brasileiro", acrescentou.
As várias versões da história de Marcos do Val
Na semana passada, o senador abriu uma transmissão ao vivo e disse ter participado de uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), em que tentaram convencê-lo a gravar uma conversa com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
A ideia de Silveira e Bolsonaro, segundo Do Val, era capturar alguma fala que pudesse incriminar Moraes para invalidar o resultado das eleições.
Entretanto, depois, ele mudou de versão várias vezes, diminuiu a participação que Bolsonaro teria no plano e desistiu de deixar seu cargo no Senado.
Do Val baixou o tom das acusações contra Bolsonaro. Durante uma transmissão ao vivo com líderes do MBL (Movimento Brasil Livre), o senador capixaba disse ter uma "bomba" que seria revelada pela revista Veja no dia seguinte.
À GloboNews, Do Val negou ter sido coagido por Bolsonaro e disse que usou "uma palavra que não deveria ter usado" ao fazer essa afirmação durante a live com o MBL.
Senador citou conversa com Moraes em diferentes datas. No relato à Veja, o senador afirmou que mandou mensagem a Moraes em 12 de dezembro, três dias após o suposto encontro com Bolsonaro e Silveira, e só se reuniu pessoalmente com o ministro no dia 14, para contar como havia sido a reunião.
Posteriormente, Do Val afirmou que se encontrou com Moraes antes da conversa com Bolsonaro. Já em entrevista coletiva, o senador disse que foi abordado por Silveira no dia 7 e convidado a encontrar Bolsonaro, mas só aceitou após o aval de Moraes.
Do Val mudou local da suposta reunião com Bolsonaro. Inicialmente, o senador afirmou que o encontro com o então presidente foi no Palácio da Alvorada, residência oficial.
Depois, porém, ele disse que a reunião com Bolsonaro e Silveira foi na Granja do Torto, a segunda residência oficial da Presidência.
Já em entrevista à Folha de S.Paulo, ele afirmou que estava em dúvida e que o encontro poderia ter ocorrido no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência.
Moraes pediu investigação contra senador
Do Val é investigado pelos crimes de falso testemunho e denunciação caluniosa a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O ministro diz que foram apresentadas ao menos quatro histórias diferentes por Do Val, "todas entre si antagônicas". O senador acumula contradições em seus relatos sobre os seguintes pontos:
- O papel de Bolsonaro na trama;
- As conversas com o ministro do STF;
- As atitudes que tomou no caso;
- O local do encontro que teve com Bolsonaro e Silveira.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.