Lula chorou em seu discurso durante as comemorações do 43º aniversário do PT. Josias de Souza ressaltou, em participação no UOL News desta terça-feira (14), que o presidente precisará ir além da emoção para entregar aquilo que prometeu para o seu terceiro mandato. A habilidade política do petista será colocada à prova, na visão do colunista.
É preciso muito mais do que emoção para que esse terceiro mandato do Lula naquilo que ele deseja. Fica muito claro que este Lula é o Lula de sempre. É necessário verificar se ele terá habilidade para fazer o que disse no segundo turno da campanha.
Josias de Souza, colunista do UOL
Para Josias, a manutenção da frente ampla alicerçada por Lula durante a campanha para derrotar Jair Bolsonaro nas eleições exigirá grandes esforços por parte do presidente. Na opinião do colunista, Lula deixou um pouco de lado este discurso, o que pode se tornar um risco para o governo dele.
Lula precisa se conscientizar das circunstâncias que o levaram à presidência e se lembrar, de vez em quando, que assumiu o compromisso de fazer um governo maior do que o PT. Muita gente votou nele com essa expectativa. Para que o governo tenha essa aparência, Lula precisa baixar um pouco a bola e retomar aquele discurso do segundo turno. Ele se descolou e esse descolamento não faz bem ao governo dele.
Josias de Souza, colunista do UOL
Josias: Lula tem que esquecer Campos Neto e pensar no governo dele
Josias ainda destacou que Lula precisa se concentrar em seu governo e deixar de lado a queda de braço travada com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Na visão do colunista, o presidente deve mudar sua estratégia e criar as condições necessárias para que a taxa básica de juros, hoje em 13,75%, seja reduzida.
É preciso retirar o pretexto que o Banco Central utiliza para manter os juros no alto. Para isso, precisa levar as reformas para a vitrine, retirar o arcabouço fiscal da gaveta e mostrar o que o governo pretende fazer. O Lula tem que ter em mente que a cara da crise é a cara do presidente. Ele precisa esquecer o Campos Neto e pensar no governo dele. Josias de Souza, colunista do UOL
Londres: Tido como 'infiltrado', Campos Neto quer construir pontes com Lula
Mariana Londres analisou a entrevista de Roberto Campos Neto ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Para a colunista, o presidente do Banco Central tentou afastar a imagem de ser um 'infiltrado' de Jair Bolsonaro (PL) e quis reforçar vínculos com o presidente Lula (PT), com quem vive uma queda de braço em assuntos como redução da taxa básica de juros, meta de inflação e a autonomia do BC.
Ele queria se defender dessa discussão política, que foi esquentando nos últimos dias, de que ele era um 'infiltrado' do governo anterior. O objetivo dele foi, e ele conseguiu isso, defender a autonomia do Banco Central, colocar que a figura dele não importa e acenar para o novo governo no sentido de construir pontes. Mariana Londres, colunista do UOL
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