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Sobrinho de Bolsonaro, Léo Índio é alvo de operação da PF

Léo Índio é sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi assessor da liderança do PL no Senado - Reprodução
Léo Índio é sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi assessor da liderança do PL no Senado Imagem: Reprodução

Do UOL, em Brasília e São Paulo

27/01/2023 11h21Atualizada em 27/01/2023 17h49

A PF (Polícia Federal) cumpriu hoje mandados de busca e apreensão contra Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a terceira fase da Operação Lesa Pátria.

A força-tarefa foi deflagrada pela corporação a mando do STF (Supremo Tribunal Federal) e mira aqueles que participaram, financiaram ou fomentaram os atos golpistas de 8 de janeiro que destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.

O UOL entrou em contato com Léo Índio pedindo um posicionamento sobre o mandado expedido hoje pelo STF. Ele leu as mensagens, mas não retornou até o momento. Caso retorne, o texto será atualizado. No Instagram, o sobrinho do presidente criticou a cobertura de parte da imprensa.

Léo Índio fez publicação na internet, direto do ato golpista. A postagem alcançou milhares de curtidas e centenas de comentários. Em uma das imagens, ele apareceu com olhos vermelhos — e atribuiu ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar.

Ele chegou a pedir gratuidade de Justiça na ação do STF, sob argumento de que não tem "condições de arcar com as despesas decorrentes do presente processo e honorários advocatícios sucumbenciais".

Ele é primo de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. Em 2022, foi candidato a deputado distrital pelo PL, mas não conseguiu se eleger. Fui a Brasília após a eleição de Bolsonaro, em 2019, e trabalhou como assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com R$ 30 mil na cueca. Depois, foi funcionário da liderança do PL no Senado.

Além do mandado contra o sobrinho de Bolsonaro, a PF cumpre mais 26 mandados busca e apreensão.

As ordens de prisão preventiva foram 11. Entre os detidos está Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, conhecida nas redes como Fátima de Tubarão.

Em um vídeo que viralizou durante os atos golpistas, ela disse que 'ia pegar o Xandão", se referindo ao ministro Alexandre de Moraes.

O UOL apurou que, em Minas Gerais, os detidos foram Eduardo Antunes Barcelos, em Cataguases, e Marcelo Eberle Motta, em Juiz de Fora.

Os crimes investigados pela PF são:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado;
  • associação criminosa;
  • incitação ao crime;
  • destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.