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Ibaneis pede que apoiadores não façam atos por seu retorno ao governo do DF

Ibaneis Rocha está afastado do governo do DF - Renato Alves/ Agência Brasília
Ibaneis Rocha está afastado do governo do DF Imagem: Renato Alves/ Agência Brasília

Do UOL, em São Paulo

18/02/2023 16h49Atualizada em 18/02/2023 16h56

Governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) falou hoje que confia na Justiça e pediu que seus apoiadores não participem de movimentos exigindo a volta dele ao Palácio do Buriti.

Uma manifestação com essa pauta foi marcada e preocupou a segurança local por receio de novos conflitos em Brasília, após os atos golpistas de 8 de janeiro.

Tenho visto que algumas pessoas querem preparar atos públicos de apoio a mim, mas peço que não o façam, que confiem na Justiça como eu confio e que aguardem a apuração dos fatos com a calma e serenidade que o momento exige"
Ibaneis Rocha em post nas redes sociais

O governador reeleito foi afastado do cargo por 90 dias em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por considerar que Ibaneis não agiu para conter os atos antidemocráticos.

A vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), assumiu o cargo de Ibaneis no mês passado.

Veja a cronologia do afastamento de Ibaneis:

  • 13 de janeiro: Moraes abriu inquérito para apurar a conduta de Ibaneis e de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do DF, durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
  • No mesmo dia: O governador afastado prestou depoimento à Polícia Federal e disse que a responsabilidade de garantir a segurança na capital federal era integralmente da Secretaria de Segurança, ocupada por Torres.
  • 20 de janeiro: A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de Ibaneis Rocha e na casa do ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal Fernando de Souza Oliveira.
  • 23 de janeiro: A Polícia Federal recebeu o celular do governador afastado.
  • 9 de fevereiro: Parte das mensagens encontradas foram divulgadas e, nisso, a polícia concluiu que Ibaneis não agiu para mudar o planejamento da Segurança Pública frente ao anúncio dos atos de bolsonaristas, e que também não impediu que as forças policiais agissem para conter os invasores dos Três Poderes.
  • Horas mais tarde, a defesa dele pediu ao STF para que Ibaneis tivesse "imediato retorno" ao cargo.