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Servidor que denunciou esquema na compra da vacina Covaxin volta para Saúde

25.jun.2021 - Luis Ricardo Miranda durante depoimento à CPI da Covid - Jefferson Rudy/Agência Senado
25.jun.2021 - Luis Ricardo Miranda durante depoimento à CPI da Covid Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/02/2023 17h32

Luis Ricardo Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde e ex-chefe de Importação do ministério, voltou a ser assessor da pasta.

O que aconteceu:

  • A portaria foi assinada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, no dia 15 de fevereiro e publicada na edição de hoje (22) do Diário Oficial.
  • O servidor, que é irmão do ex-deputado Luis Miranda (Republicanos-DF), depôs à CPI da Covid em 2021 e revelou um esquema fraudulento de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde.

Entenda o caso:

  • Na ocasião, Miranda acusou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de negociar a compra da vacina Covaxin por valores muito superiores aos de outros imunizantes. Na ocasião, a vacina ainda não tinha seu uso aprovado no Brasil.
  • Miranda e seu irmão, então deputado, também afirmaram que chegaram a relatar toda a história para Bolsonaro em um encontro que aconteceu no Palácio da Alvorada, tendo levado, inclusive, documentos.
  • Após fazer as acusações à CPI, Luis Miranda depôs na PF (Polícia Federal) e afirmou não ter gravado as conversas que teve com o ex-presidente sobre as suspeitas de irregularidades na compra dos imunizantes.
  • Um inquérito para investigar a participação de Bolsonaro no esquema foi aberto após uma notícia-crime oferecida em julho de 2021 pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (PT-ES, à época na Rede) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) a partir das suspeitas tornadas públicas na CPI da Covid.
  • O relatório final apresentado pela PF, entretanto, isentava o ex-presidente de participação.