A internação por desnutrição infantil é a maior registrada no Brasil desde 2012. Em participação no UOL News desta sexta, Josias de Souza lamentou que o país tenha atingido números tão alarmantes. O colunista do UOL criticou a gestão de Jair Bolsonaro (PL) por se omitir diante desta grave questão e vê o governo Lula (PT) em condições de enfrentá-la.
Nossa concentração deveria ser absoluta nessas matérias que interessam ao brasileiro mais humilde. Por sorte, ultrapassamos uma fronteira em que nós saímos de um governo que travava discussões ocas para um que enxerga a natureza do problema. Se vamos resolvê-lo ou não, depende da qualidade da gestão. Mas já enxergamos o problema, o que é um começo para resolvê-lo. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias condenou Bolsonaro por focar suas atenções em polêmicas inócuas, sem dar a atenção necessária para problemas urgentes da população mais necessitada."É muito grande a tarefa dos gestores públicos e da sociedade. Diante de dados tão sombrios sobre a fome, nota-se quanto tempo perdemos com discussões estéreis. Acabamos de sair de uma campanha eleitoral em que o presidente que reivindicava a reeleição perdia tempo com uma retórica oca que misturava Deus, pátria e família com ataques a urnas e a magistrados. Enquanto isso, crianças passam fome".
Desigualdade social profunda afeta sempre os mesmos, diz cientista político
Para Marcio Black, cientista político, produtor cultural e coordenador de projetos no Instituto de Referência Negra Peregum, a gravidade do quadro da desnutrição infantil é mais um importante elemento no triste cenário de desigualdade social no país.
O Brasil é marcado pela profunda desigualdade. Ela é tão profunda que afeta de maneira recorrente as mesmas pessoas. Essa notícia é só mais um produto dessa desigualdade que se arrasta por décadas, desde que o Brasil é Brasil. É um dos elementos mais urgentes que precisamos combater na sociedade brasileira. Marcio Black, cientista político
França sobre tragédia em SP: Estado é responsável, mas a sociedade também
Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos, reconheceu que o Estado tem parcela de culpa no desastre que devastou o litoral norte de São Paulo. Porém, ele ressaltou que a sociedade também é responsável pela tragédia e citou o caso de São Sebastião, onde o prefeito Felipe Augusto (PSDB) encontrou resistência dos moradores de uma área nobre que eram contrários à construção de casas populares no bairro de Maresias.
O Estado tem responsabilidade, é evidente. Normalmente, quem controla as obras e as ocupações nas cidades são as prefeituras. Mas a sociedade brasileira, vivendo com essa distinção desse tamanho, também tem essa responsabilidade. Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos
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Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
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