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Pacheco elogia programas de Lula como formas de 'fortalecer' a democracia

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

07/03/2023 20h41Atualizada em 07/03/2023 21h21

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, usou o discurso no TSE para enaltecer os programas do governo Lula como formas de fortalecer a democracia por meio da "justiça social, igualdade de oportunidades e o restabelecimento da dignidade das pessoas".

O que aconteceu:

  • O senador recebeu hoje a medalha da Ordem de Mérito do Tribunal.
  • O presidente Lula esteve presente no evento
  • Pacheco foi elogiado nos discursos dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia na cerimônia

Nesse sentido, preciso enaltecer os programas sociais que estão sendo reformulados, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, com o objetivo de proporcionar aos brasileiros renda mínima e moradia, direitos sociais básicos e essenciais para uma vida digna."
Rodrigo Pacheco

Em uma manifestação direta a Lula, Pacheco lembrou que, "na ocasião de sua posse, destaquei que aquele momento representava um sentimento de renovada confiança".

"Tenho certeza de que sua experiência como Presidente da República por oito anos e a sua capacidade de diálogo, mundialmente conhecida, serão primordiais para que possamos enfrentar os problemas reais do Brasil", disse Pacheco.

O presidente do Senado ressaltou o que chamou de "momento conturbado" durante as eleições, com questionamentos sobre as urnas eletrônicas e Justiça Eleitoral, e ressaltou que isso culminou nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Aproximação. A presença de Lula no ato tem valores simbólicos e práticos. Em movimento que vem ocorrendo desde a campanha, o petista tem procurado se aproximar cada vez mais do chefe do Legislativo.

Pacheco, Lula, Moraes e Rosa Weber durante cerimônia no TSE - Reprodução/YouTube - Reprodução/YouTube
Pacheco, Lula, Moraes e Rosa Weber durante cerimônia no TSE
Imagem: Reprodução/YouTube

Durante a eleição para a presidência da Casa neste ano, o bloco governista uniu-se ao centrão em prol de Pacheco para barrar a candidatura do senador bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN). A vitória do mineiro foi vista, também, como uma vitória do petista.

A ida é mais um destes gestos. Ao participar de eventos públicos que, na teoria, não cobram a presença do Executivo, o presidente mostra a disposição de associar as imagens.

Com a proximidade, segue garantindo um parceiro valioso para composição de maioria no Senado, ao passo que reforça o que chama de "pauta democrática" — um discurso que funciona tanto para ele quanto para Pacheco, que se distanciou de vez do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do bolsonarismo.

A cerimônia também contou com nomes do entorno do presidente, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Jorge Messias (AGU), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) e Rui Costa (Casa Civil).

O ministro da Defesa, José Múcio, também foi à cerimônia acompanhado pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva, que esteve na Corte Eleitoral pela primeira vez desde que assumiu o cargo. Os comandantes da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, também estiveram no tribunal.

Elogios em meio a discussão de proposta. Ao encerrar a cerimônia, Moraes também elogiou Pacheco, a quem chamou de "jurista eminente" e um dos "grandes defensores" do Estado Democrático de Direito. "Homem público absolutamente intransigente com os pilares da democracia e do Estado Democrático de Direito", afirmou.

Como mostrou o UOL, Moraes disse aos representantes das redes sociais na semana passada que mantém contato com o presidente do Senado para discutir a regulamentação das plataformas.

"Eu estou conversando com o [presidente do Senado, Rodrigo] Pacheco e uma regulamentação vai sair. E é importante que seja uma boa regulamentação", afirmou Moraes. "A minha ideia nessa primeira conversa é que a gente comece a construir planos distintos. Uma autorregulação é muito importante."

Internamente, o TSE avalia apresentar propostas ao Congresso sobre o tema — a avaliação entre integrantes da Corte é que o assunto deve ser discutido e votado pelo Legislativo.