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Após transfobia, Valdemar Costa Neto defende Nikolas: 'Tem princípios'

22.nov.2022 - Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL - Valter Campanato/Agência Brasil
22.nov.2022 - Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

10/03/2023 13h39Atualizada em 10/03/2023 14h22

Em estreia no Twitter, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, expressou seu apoio ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) após o parlamentar cometer um ato transfóbico no Plenário da Câmara dos Deputados no Dia da Mulher.

O que aconteceu:

  • Em uma conta recém-criada, Valdemar elogia Nikolas e exalta sua capacidade eleitoral: "Ele representa o eleitor que vota nele".
  • Valdemar afirma que Nikolas tem o apoio da Direção Nacional do PL no caso da transfobia e define a atitude de Nikolas como um ato de "liberdade de expressão", e não como um crime.
  • O UOL confirmou com a assessoria de imprensa do PL que o perfil pertence ao presidente da sigla.

A liberdade de expressão e suas prerrogativas parlamentares serão defendidas pelo nosso partido sempre que ele estiver exercendo seu mandato, manifestando sua opinião. Conte conosco, Nikolas! O PL estará sempre contigo.

Apoio tem estratégia

Fontes do partido ouvidas pelo UOL afirmaram que a estreia de Valdemar na defesa do parlamentar teve a estratégia de ser um gesto político em defesa do mandato de Nikolas. Em seu texto, Valdemar evitou entrar no mérito da fala transfóbica do deputado, mas fez um aceno a uma parcela conservadora de apoiadores.

Além disso, a intenção do presidente do PL seria um contraponto ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que fez uma reprimenda pública à fala criminosa do parlamentar. A declaração de Lira não foi bem recebida no PL e, por isso, Valdemar fez questão de dar esse 'recado político' também de forma pública.

Após a publicação do tuíte de Valdemar, o deputado Nikolas telefonou para o presidente do partido para agradecer o apoio.

Partidos pedem cassação de deputado

A prática de transfobia foi equiparada ao crime de racismo e passou a ser tratada como crime hediondo pelo Supremo em 2019.