Dino diz que irá processar por ataques a ida à Maré: 'agressões covardes'
Flávio Dino, ministro da Justiça, disse que entrará com representações contra às acusações sem provas de que fez acordo com traficantes de drogas para visitar ontem o Complexo da Maré (RJ).
O que aconteceu:
- O ministro pontuou que os ataques não ficarão impunes: "Não admito agressões covardes contra pessoas pobres".
- Dino falou que irá propor ações e representações contra as acusações e que fará mais visitas a comunidades.
- Ontem, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que "estava tudo armado ali com o tráfico". O parlamentar Otoni de Paula (MDB-RJ) fez um comentário semelhante.
Diante de discursos absurdos sobre visita que fiz a uma entidade comunitária na Favela da Maré, em respeito à imensa maioria de gente honesta que lá reside, irei propor ações e representações. Não admito agressões covardes contra pessoas pobres. E farei mais visitas a comunidades".
Flávio Dino
Conforme publicado por Chico Alves, colunista do UOL, o encontro que teve com lideranças e ativistas de direitos humanos de dez comunidades cariocas, Dino recebeu um documento com 41 recomendações baseadas em pesquisas feitas com apoio da Fundação Ford e da Open Society.
Como uma das principais reivindicações, os ativistas pediram para ser ouvidos na implantação do novo Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), especialmente nas ações destinadas aos territórios mais vulneráveis.
Outras sugestões foram a recriação do Conselho Nacional de Segurança Pública, maior controle de munições, criação de uma plataforma nacional com dados sobre crime e violência e instalação de câmeras e GPS nos uniformes e nas viaturas da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
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