Após brigas e interrupções, sessão com Dino termina ao coro de 'fujão'
Após cerca de uma hora e meia, o ministro da Justiça, Flávio Dino, deixou a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Dino saiu da sessão ao coro de "fujão" gritado por parte da oposição.
O que aconteceu:
Os embates e interrupções entre governo e oposição foram frequentes. Muitas vezes não se ouvia quem estava falando ao microfone, e o ministro parava de falar.
A sessão foi repleta de discussões, tapas na mesa e deputados apontado o dedo na cara dos outros. Há duas semanas, Dino enfrentou o mesmo clima de tensão na ida à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
O deputado Sanderson (PL-RS), que preside a comissão, alertou que Dino iria embora caso as interrupções continuassem. Sanderson havia iniciado os trabalhos com um pedido de seriedade e para "deixar os momentos de lacração e de ironias".
Houve parlamentar chamando colega de covarde, dando tapa na mesa, gente mandando chamar a monitora da creche e deputado imitando cachorro.
Parlamentares que não são membros da comissão apareceram hoje em peso na Câmara. Dentre eles, estavam Carla Zambelli, Nikolas Ferreira, Carlos Jordy, Bia Kicis, Zé Trovão e Júlia Zanatta.
Uma nova convocação para Dino será feita em outra data após o ministro ter deixado a sessão de hoje. O ministro havia sido convocado para falar sobre os atos golpistas de 8/1 e a visita ao Complexo da Maré em março.
"Não está aqui como senador"
O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) afirmou que Dino não estava ali como senador, mas como ministro. "Se estivesse como senador, não tinha processado cinco parlamentares dessa Casa e dois senadores, é só isso que eu queria falar."
Quando Dino tentou responder, o deputado o cortou. "Eu não fiz questionamento, não."
"Que possamos falar sem que ele levante e vá embora"
Em outra confusão, o deputado Éder Mauro (PL-PA) afirmou que "a questão do respeito na CCJ não aconteceu e beneficiou a esquerda". Ele lembrou da ofensa ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que foi chamado de "chupetinha". "Que nós, deputados, possamos falar sem ameaçar que ele [Dino] levante e vá embora", disse Éder Mauro.
Momentos antes, Sanderson alertou. "Se os senhores não mantiverem a ordem mínima, o ministro disse que vai levantar e vai sair". Ao longo da sessão, Sanderson falou que parlamentares que não são membros da comissão estavam atrapalhando. "Estamos aqui para trabalhar".
Mais brigas
O deputado Duarte Junior (PSB-MA) afirmou que vai fazer uma representação contra Carla Zambelli (PL-SP) no Conselho de Ética por suposto xingamento: "Vai tomar no...", teria dito a parlamentar.
Antes, Orlando Silva (PCdoB-SP) acusou Zambelli de ofender um terceiro parlamentar.
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