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Justiça do Rio mantém prisão do ex-vereador Gabriel Monteiro

18.ago.2022 - Gabriel Monteiro durante votação de cassação de seu mandato - Reprodução
18.ago.2022 - Gabriel Monteiro durante votação de cassação de seu mandato Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

13/04/2023 20h05Atualizada em 13/04/2023 20h18

O ex-vereador e ex-PM Gabriel Monteiro teve a prisão mantida pela Justiça do Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Globo.

O que aconteceu:

O juiz Rudi Baldi Loewenkron avaliou que os motivos da prisão de Monteiro não mudaram e que a detenção dele garante a ordem pública. O magistrado falou que o ex-vereador é uma pessoa influente.

O Ministério Público afirmou que se trata de um crime grave e se colocou contra a soltura dele.

No ano passado, Monteiro teve o cargo de vereador cassado e a prisão decretada em caso que envolve o estupro de uma mulher, de 22 anos. O processo corre em sigilo.

Segundo o relato dela, o ex-parlamentar teria apontado uma arma para ela, o que o juiz considera como "circunstâncias preocupantes", e teria mantido relações sexuais não consensuais. Ele também teria tentado filmar o ato e se recusado a usar preservativo, motivo pelo qual ela teria contraído HPV.

Ao menos três ex-assessores relataram que o ex-PM praticava sexo com menores de idade na presença de seus funcionários e pedia para que as adolescentes mostrassem os seios para eles, segundo relatório apresentado ao Conselho de Ética da Câmara.

Em abril do ano passado, o Ministério Público do Rio de Janeiro interveio para que o Twitter deletasse um vídeo que mostrava o então vereador tendo relações sexuais com uma adolescente de 15 anos.

Antes da prisão, Monteiro fazia vídeos de "experimentos sociais" no YouTube. Em um deles, um funcionário de Monteiro aparece orientando uma pessoa supostamente em situação de rua a furtar a bolsa de uma mulher na capital do Rio de Janeiro. Quando o sem-teto concorda em cometer o crime, sob o pretexto de que seria pago por isso, o vereador aparece para confrontá-lo.

Em outra gravação, que teria sido vazada, ele afirmava que "tem que matar gay e ter raiva de gay". Segundo o ex-PM, o intuito do vídeo era fazer um "experimento social contra a homofobia".

Ele está preso na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu.