Lula diz não ter rancor de militares: 'Exército não é mais o de Bolsonaro'
O presidente Lula (PT) falou que foi hoje à cerimônia de comemoração ao Dia do Exército, no Quartel-General do Exército, em Brasília, para mostrar que não guarda rancor dos militares.
O que aconteceu:
O presidente disse que ficou em dúvida se deveria ir ou não ao evento, mas argumentou que decidiu deixar de lado a mágoa.
Todo mundo sabe o quanto eu andava magoado com os militares desse país por conta de tudo que aconteceu. Fiquei a noite inteira pensando, vou ou não vou, tomei a decisão de ir e acho que foi Deus que me ajudou a decidir porque eu fui para mostrar que eu não guardo rancor, esse Exército não é mais de bolsonaro, é o Exército de Caxias, é o Exército Brasileiro que tem função constitucional."
Lula
A fala foi dita durante o discurso no evento de liberação de verba para universidades e institutos federais.
Hoje pela manhã, durante a cerimônia de Dia do Exército, Lula ouviu do general Tomás Miguel de Paiva que o Exército é uma instituição "apolítica, apartidária e imparcial".
Na ocasião, Paiva, que assumiu o Exército depois dos atos do dia 8 de janeiro, pediu, no fim do seu discurso, para que os militares tenham "fé nos princípios democráticos".
A presença do presidente no evento ocorreu após uma série de tensões com os militares, principalmente após os ataques terroristas de 8 de janeiro, quando ocorreu a invasão da sede dos três Poderes da República.
Ministro do GSI pede demissão
O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo hoje, após aparecer em imagens do circuito interno de TV do Palácio do Planalto sem confrontar invasores golpistas nos ataques de 8 de janeiro.
O pedido foi aceito pelo presidente Lula, durante encontro com o general e com outros ministros. A queda do general é a primeira de um ministro do governo Lula.
A Polícia Federal investiga se houve omissão de autoridades dentro um inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
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