Moraes mantém prisão preventiva de Anderson Torres
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), manteve, em decisão publicada hoje, a prisão preventiva de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
O que aconteceu:
Moraes argumentou que, como não houve mudança no "quadro fático probatório", não há razão para que a prisão seja revogada ou substituída por medidas cautelares.
O ministro diz que seguem valendo as justificativas originais para a prisão, como indícios de participação na "minuta golpista".
O relator do caso no STF sobre os atos golpistas ainda cita suposta omissão do ex-secretário em relação a um acampamento de manifestantes golpistas e à dificuldade para acessar o conteúdo do seu celular.
"A razoabilidade e proporcionalidade continuam justificando a necessidade e adequação da manutenção da prisão preventiva", escreveu Moraes.
Entre os argumentos apresentados pela defesa, os advogados de Torres dizem que ele "entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos".
Novo depoimento:
Também hoje, o ministro Alexandre de Moraes aceitou um pedido da Polícia Federal, e Torres prestará novo depoimento na segunda-feira (24), às 14h.
Preso há três meses por suspeita de omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro, o ex-secretário de Segurança dará o seu terceiro depoimento. Ele também foi ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL).
Desta vez, ele será ouvido como "declarante" e não como investigado. Portanto, com o "direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo".
Outro lado
Em nota, a defesa de Torres afirmou que recebeu com "serenidade e respeito a decisão do Ministro Alexandre de Moraes."
Reiteramos que o maior interessado no esclarecimento célere dos fatos é Anderson Torres."
Eumar Novacki, advogado
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