Prefeito que deu cargo à sogra emprega ao menos 6 parentes e é alvo do MP

Ao menos seis familiares e parentes do prefeito de Araucária (PR), Hissam Hussein Dehaini (sem partido), possuem cargos na administração da cidade.

O que aconteceu:

O MP-PR (Ministério Público do Paraná) tem "procedimentos em andamento" sobre as acusações de nepotismo na prefeitura da cidade paranaense, informou o órgão ao UOL.

Dehaini nomeou a sogra como secretária da Cultura de Araucária um dia após se casar com a filha dela, uma adolescente de 16 anos.

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O MP disse que não pode dar detalhes sobre o caso porque eles têm ligação com uma menor de idade, a nova esposa do prefeito, de 65 anos.

A prefeitura e o prefeito não se manifestaram sobre as nomeações de familiares após serem procuradas pelo UOL.

Quem são os familiares do prefeito com cargos em Araucária?

Hilda Lukalski Seima

• Vice-prefeita e ex-cunhada de Hissam.
• A irmã de Hilda era casada com o prefeito e faleceu em um acidente de carro, em 2006.
• Hilda é titular do cartório e recebeu os documentos para o casamento mais recente de Hissam, com a adolescente Kauane Rode, de 16 anos.

Aline de Deus Dehaini

• Assessora executiva do prefeito desde 2021 e ex-esposa de Hissam.

Yasmim Hissam Dehaini

• Secretária municipal de Administração desde 2022 e filha de Hissam.

Ryam Hissam Dehaini

• Secretária municipal de Gestão de Pessoas desde 2023 e filha de Hissam.

Marilene Rode

• Secretária municipal de Cultura e Turismo desde abril de 2023 e sogra de Hissam.
• Após a repercussão do caso, a prefeitura a nomeação de Marilene e afirmou que ela tem "ampla vivência na área".

Elizangela Rode

Diretora-geral de secretaria desde abril de 2023 e tia de Kauane, atual esposa de Hissam.

Há outros casos suspeitos de nepotismo na prefeitura de Araucária, que o UOL ainda busca confirmar.

Anteriormente, o prefeito empregou também a então esposa Cristinane Inez Martins, o cunhado José Roberto Martins e o genro Eduardo Rogriguez Mello na administração —todos já deixaram os cargos. Hissam foi eleito em 2016 e reeleito em 2020.

A família chegou a ser investigada em 2019, após uma denúncia por nepotismo, mas o STF decidiu não seguir com o caso.