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Moraes diz não ver ação de Michelle e rejeita apreensão do celular dela

Do UOL, em São Paulo

03/05/2023 16h29Atualizada em 03/05/2023 17h00

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes negou o pedido da PF (Polícia Federal) para realizar busca e apreensão contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O que aconteceu:

O magistrado pontuou não haver "indícios concretos" da participação dela na suposta fraude de dados sobre vacinação contra a covid-19.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão hoje; há indício de adulteração nos dados de vacinação de Bolsonaro no SUS.

Moraes havia determinado a "busca e apreensão de armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos" de Bolsonaro e outros alvos.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foi preso.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) já havia se manifestado contra a ação; ela seria "incomum", "absolutamente descabida" e "desarrazada", na opinião da vice-procuradora Lindôra Araújo, que não via indícios do envolvimento de Michelle no esquema, mas "meras conjecturas e presunções" da PF acerca da prática de crimes que "não ocorreram no plano da realidade".

  • Leia a íntegra da decisão de Moraes contra Bolsonaro clicando aqui.

Não há descrição de conduta específica da representada [Michelle~e não se verifica, em relação a ela, as mesmas condições intersubjetivas presentes entre os demais agentes."
Trecho da decisão

Informações iniciais da operação afirmavam que ambos os celulares tinham sido apreendidos pela PF e que as senhas dos aparelhos não tinham sido fornecidas, mas a informação foi desmentida por Michelle.

Bolsonaro nega ter participado de qualquer fraude envolvendo seus comprovantes de vacinação e disse que agentes da PF fotografaram os cartões de vacina dele e de Michelle.