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PF apreende US$ 35 mil com ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Do UOL, em Brasília

03/05/2023 14h42

A Polícia Federal apreendeu hoje (3) cerca de US$ 35 mil (R$ 175,2 mil, no câmbio atual) na casa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

O que aconteceu?

A PF encontrou o dinheiro em um cofre ao prender Cid na manhã de hoje. Além dos US$ 35 mil, os agentes também apreenderam R$ 16 mil.

A defesa de Cid não comentou a apreensão. O militar presta depoimento hoje à PF sobre a suposta inclusão de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

Após o depoimento, Cid deverá ser conduzido para cumprir a prisão preventiva. Por ser militar da ativa, ele tem a prerrogativa de ser preso em um quartel do Exército, e não em um presídio comum.

Cid também tem direito a uma Sala de Estado Maior, um tipo de cela que não possui grades, por exemplo. O ex-ministro Anderson Torres, delegado da PF, está em uma Sala de Estado Maior.

Investigação mira crimes comuns

Apesar de ser militar da ativa, o tenente-coronel é investigado por crimes comuns. Por isso, a ordem partiu da Justiça comum, e não da Justiça Militar.

No caso, a decisão que autorizou a prisão de Cid foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, uma vez que o caso tem ligação com o inquérito das milícias digitais, sob relatoria do magistrado.

Mauro Cid foi preso em casa, em uma vila militar, mas o fato de ser uma unidade das Forças Armadas não influenciaria ou impediria a prisão, segundo o UOL apurou.

Bolsonaro não vai depor hoje

A defesa do ex-presidente informou à PF que ele não deve comparecer hoje ao depoimento. Mais cedo, o ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle foram alvos de buscas e apreensões.

O celular de Bolsonaro foi levado pelos agentes. Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação de Bolsonaro, que também é advogado, foi à PF para ter acesso aos autos.