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Preso em batalhão da PM, Torres toma 8 comprimidos por dia para ansiedade

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres - Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

05/05/2023 09h58

Preso desde o dia 14 de janeiro em um batalhão da PM, o ex-ministro Anderson Torres está tomando oito comprimidos por dia para conter crises de ansiedade, segundo relatório médico obtido pelo UOL.

O que aconteceu?

O novo tratamento foi receitado a Torres em consulta psiquiátrica na última segunda-feira (1º). Segundo o relatório médico feito após essa consulta, os remédios que o ex-ministro passou a tomar são: Zyprexa (dois por dia), Remeron (dois à noite), Risperidona (um à noite) e Frontal (três por dia).

Três dos medicamentos indicados para o ex-ministro servem para tratar quadros de transtornos mentais, segundo indicação da bula. O Remeron, por sua vez, é um antidepressivo.

A médica que examinou Torres disse ainda que ele "vem se mantendo em fortes crises ansiosas". "Ao exame é notada a intenção do mesmo de reagir para contenção das crises (de angústia dos choros), porém ocorre de forma inconsistente e frusta, logo reaparecendo seguidos episódios com intensa tristeza e desespero", afirmou Elaine Bida.

Ainda segundo a avaliação médica, o ex-ministro não apresentou "resultados satisfatórios" para o tratamento anterior. "Persistem as condições graves já citadas em relatórios anteriores, levando dessa forma a intensificar tanto a frequência das consultas psiquiátricas quanto a posologia medicamentosa."

Torres está preso no Bavop (Batalhão de Aviação Operacional) desde 14 de janeiro por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro. Ele era secretário de Segurança do Distrito Federal na ocasião.

A defesa dele quer a libertação ou, ao menos, a prisão domiciliar do ex-ministro. "Não se pode admitir como natural o cumprimento antecipado de pena, tampouco a utilização de prisão cautelar como instrumento de tortura física ou psicológica", disseram os advogados na terça-feira (2) em pedido ao STF.