Políticos reagem à soltura de Anderson Torres após decisão de Moraes
Vários políticos reagiram à decisão do STF de soltar em liberdade provisória o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
O que aconteceu:
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) alegou que "Anderson Torres não se enquadrava em hipótese de prisão preventiva". O filho do ex-presidente Bolsonaro afirmou que o ex-ministro "jamais deveria ter sido preso", mas que decisão ainda era "uma boa notícia".
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) escreveu "que Deus abençoe meu amigo Anderson e sua família" ao publicar uma foto ao lado de Torres. Assim como ele, Damares participou do governo Bolsonaro como ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Já o senador Jorge Seif Junior (PL-SC) publicou um vídeo ressaltando que agora Torres "será investigado solto, não mais preso". Seif disse ainda ser "uma vitória do povo brasileiro, das nossas orações".
No campo da oposição, o deputado André Janones (Avante-MG) afirmou que Anderson Torres ainda terá que enfrentá-lo "cara a cara" na CPMI. "Se eu for indicado, será o primeiro convocado para depor", publicou o parlamentar.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, concedeu hoje liberdade provisória ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres e determinou o uso de tornozeleira eletrônica. Investigado por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, Torres estava detido desde 14 de janeiro.
No presente momento da investigação criminal, as razões para a manutenção da medida cautelar extrema em relação a Anderson Gustavo Torres cessaram, pois a necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade demonstra que a eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade, com a efetiva realização de novas diligências policiais, que encontravam-se pendentes em 20/4/2023"
Trecho da decisão de Alexandre de Moraes, ministro do STF
Condições da liberdade de Torres
Deve usar tornozeleira eletrônica;
Fica proibido de usar as redes sociais;
Está proibido de deixar o Distrito Federal e deverá entregar os passaportes, que devem ser cancelados;
Deve ficar em casa durante o período noturno e nos finais de semana;
Fica afastado imediatamente do cargo de Delegado de Polícia Federal;
Deve se apresentar ao Juízo da Vara de Execuções Penais todas as semanas;
Deixa de ter porte de arma de fogo, licença fica suspensa imediatamente;
Não pode se comunicar com outros envolvidos na investigação.
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