Grades em palácios foram postas por Dilma, não por Temer, como disse Lula
Diferentemente do que o presidente Lula (PT) tem dito, as barreiras no acesso aos palácios do Alvorada e do Jaburu e as grades no Planalto, retiradas nesta semana, foram colocadas durante o governo Dilma Rousseff (PT), em meio aos protestos de 2013.
O que aconteceu?
O gradil dos palácios do Planalto e do Itamaraty foram retirados na última quarta (10). Hoje foi a vez dos blocos de concreto das residências oficiais, todas a pedido de Lula.
Na quarta, para celebrar o fim dos bloqueios, Lula provocou ex-presidentes, atribuindo as barricadas a Michel Temer (2016-2018). Mas elas são anteriores.
Se eu quisesse cercar o povo, não permitir que ele faça protesto, não tem sentido a democracia. Aquilo [as barreiras de acesso] foi feito em um momento que o PT já não mandava mais no país, na gestão do Temer. Significa que quem faz coisa errada tem medo. Ficou durante toda a gestão do 'Coisa' [Bolsonaro]."
Lula, sobre barreiras no Alvorada
Depredação durante os protestos de 2013
Tanto as grades do Planalto quanto as barreiras nas residências datam do meio de 2013, quando Dilma enfrentou uma onda de protestos pelo país.
Em Brasília, a situação ficou crítica. O Palácio do Itamaraty, a menos de 1 km do Planalto, chegou a ser queimado e depredado por manifestantes.
O governo respondeu aumentando a segurança nos prédios presidenciais. O Planalto ganhou grades. Já o acesso à Via Presidencial, que leva ao Alvorada e ao Jaburu, ficou mais restrito.
Em julho daquele ano, o Alvorada ganhou ainda pinos hidráulicos à frente do portão de acesso, em pregão realizado em 2012. De acordo com uma reportagem do jornal "O Globo" na época, o dispositivo custou R$ 737.500.
As barreiras foram mantidas desde então. Após o impeachment, Temer seguiu morando no Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência.
Durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), apoiadores tinham acesso à porta do Alvorada, no famoso cercadinho, após passar pela barreira. O acesso ao Planalto se manteve restrito.
O UOL procurou o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para comentar o assunto, mas não teve retorno até a última atualização deste texto.
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