Chefe do GSI defende antecessor na Câmara sobre atuação em 8/1: 'Tomava pé'
Atual ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Marcos Antônio Amaro, disse que não houve facilitação para a entrada dos manifestantes nos ataques golpistas do 8 de janeiro e defendeu seu antecessor em comissão da Câmara.
O general Gonçalves Dias estava no cargo havia cinco ou seis dias, ele estava tomando pé do Planalto ainda. Me parece que ele foi surpreendido pela rapidez em como as coisas aconteceram naquele dia. Ele não facilitou nem a entrada e nem a saída dos manifestantes.
General Amaro, ministro do GSI
O que aconteceu
O militar foi convidado a prestar esclarecimentos sobre o vídeo em que o general Gonçalves Dias, seu antecessor, aparece orientanto bolsonaristas durante a invasão e depredação do Palácio do Planalto durante a invasão.
A Comissão de Segurança Pública marcou a sessão no dia anterior à instalação da CPI do 8 de janeiro, que vai reunir deputados e senadores. Apesar de ser controlada pela oposição, a sessão da Comissão foi tranquila e durou cerca de quatro horas. Os deputados fizeram perguntas e foram respondidos de forma pacífica.
Os deputados presentes reforçaram que quem deveria estar ali prestando esclarecimentos era Gonçalves Dias — mas ele apresentou um atestado e faltou à sessão, em seguida deixou o governo. O ex-GSI prestou depoimento à PF em 21 de abril, quando disse que não tinha conhecimento das manifestações e que não efetuou prisões durante o ato porque estava fazendo um gerenciamento de crise.
Amaro afirmou que o número de homens empregados para defender as sedes dos Três Poderes não foi suficiente.
O general disse ainda que não houve sonegação dos vídeos a nenhum órgão e que todo o material foi enviado à Polícia Federal quando foi solicitado. "Todas as condutas reprováveis estão sendo objetos de inquérito", finalizou o militar
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