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Sâmia: Cortar microfone faz CPI do MST perder ainda mais sua legitimidade

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/05/2023 13h30

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) comentou no UOL News que ter o microfone cortado na CPI do MST foi um ato "antirregimental" do presidente da comissão, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), já que, segundo ela, era um "comunicado de liderança".

Ela teve a fala interrompida enquanto lia a notícia sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de retomar a investigação contra Zucco por atos antidemocráticos.

Não pode ser interrompido um comunicado de liderança, a não ser que tenha uma catástrofe climática acontecendo. É um direito que tem que ser respeitado porque não tem a ver só com um parlamentar, é um partido político que está sendo representado ali".

É pior para o presidente fazer isso, ele vai perdendo a legitimidade. Já é uma CPI, do meu ponto de vista, com pouquíssima legitimidade".

O que aconteceu?

Durante a primeira sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito, a deputada do PSOL teve sua fala cortada.

Antes disso, o clima já estava tenso entre governistas e oposição, com diversas interrupções entre os deputados.

Ao ser questionado, Zucco alegou que a CPI não tratava dos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro.

Houve desentendimento e bate-boca. Por fim, o presidente da comissão concedeu tempo à deputada federal.

O meu tempo de liderança não pode ser interrompido, assim como o senhor não pode indeferir o pedido de questão de ordem antes que ele seja completado. O senhor ficou prestando seu depoimento para mim, de que essa investigação não é sobre o 8 de janeiro. Para mim, o senhor não tem que prestar depoimento nenhum, e sim para a Polícia Federal".
Sâmia Bomfim (PSOL-SP), deputada federal

Bolsonarista, Zucco é suspeito de patrocinar e incentivar atos contra os resultados das eleições no Rio Grande do Sul e em Brasília.

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