Marina sobre permanência no governo Lula: 'Quem decide é o presidente'
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou hoje que sua permanência no governo cabe ao presidente Lula, mas disse que, para ela, "a melhor forma de ajudar o governo é estando dentro do governo".
O que aconteceu:
Marina diz poder "viabilizar as políticas de combate ao desmatamento e desenvolvimento sustentável" estando a frente do ministério, dentre outras iniciativas que envolvem a questão ambientais.
Ela se disse "honrada em ser convidada para ser ministra do Meio Ambiente pela terceira vez", em especial no atual contexto de esforços globais contra as mudanças climáticas. O posicionamento veio em resposta, durante entrevista à CNN Brasil, se ela pretendia permanecer no governo. A fala vem após o Congresso Nacional prever a retirada de responsabilidades ambientais das atribuições da pasta dela.
A ministra ressaltou também a colaboração com outras pastas, como da Agricultura, Indústria e Comércio, Fazenda, além dos ministérios de Desenvolvimento Agrário e Social, "em uma agenda importante e estratégica", como a reindustrialização verde e a agricultura de baixo carbono.
Nós somos um governo de frente ampla. A frente ampla tem suas contradições, mas a agenda ambiental não é uma agenda não de um setor, de um partido, ela é uma agenda da sociedade. É por isso que o presidente Lula disse que ela está no coração do governo. [...] A melhor forma de ajudar o governo é estando dentro do governo para viabilizar as políticas de combate ao desmatamento e desenvolvimento sustentável. [...] Nós haveremos de superar as dificuldades"
Marina Silva
Críticas ao Congresso
Marina afirmou que Lula tem o direito de implementar o programa de governo, o qual corresponde à vontade da maioria da população que votou nele.
A ministra afirmou que "o governo está trabalhando muito fortemente para manter seu programa", que foi desidratado em especial em relação aos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.
O diálogo continuará "para, até a votação, recompor determinadas pautas e determinadas estruturas", disse Marina.
Infelizmente, nós temos uma situação delicada no congresso nacional em que há uma maioria dos parlamentares que gostariam de reeditar a estrutura e as políticas do governo anterior. [...] Tem uma diferença: numa democracia, a gente dialoga. Então você me pergunta: está preparada para a guerra? Estou preparada para o diálogo. Eu sou uma democrata, uma mulher de luta e de paz"
Marina Silva
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