Moro critica indicação, mas diz que receberia Zanin no gabinete
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) criticou hoje (2), em entrevista à GloboNews, a indicação do advogado Cristiano Zanin Martins ao STF (Supremo Tribunal Federal), feita pelo presidente Lula (PT). Porém, o ex-juiz da Lava Jato disse que o receberia no gabinete do Senado.
O que aconteceu:
Moro afirmou que receberia o advogado pessoal de Lula no gabinete, antes da sabatina a ser realizada no Senado. "Não tenho nenhum problema em recebê-lo, assim como tenho recebido e conversado com representantes do Congresso da 'situação' [governistas]".
O ex-juiz da Lava Jato, que já encontrou Zanin quando o advogado defendia Lula nos processos da operação, disse também que não tem "nada pessoal" contra ele. "Ele atuou na Lava Jato como advogado, entendo que ele fez o trabalho profissional dele, assim como fiz o meu profissional como juiz. A minha crítica não é à pessoa, mas o fato de ser indicado alguém muito próximo ao presidente da República".
Moro adiantou questionamentos que podem ser feitos ao advogado durante a sabatina. "Vamos supor que surja investigação, como teve no passado, em casos como 'Mensalão', 'Petrolão'. Cristiano Zanin, caso seja nomeado ministro, vai se dar por impedido nos casos da Lava Jato? Nos casos que tenham como interessado o presidente Lula?".
Zanin no STF:
O presidente Lula (PT) confirmou ontem a indicação de Zanin, seu advogado na Operação Lava Jato, para a vaga no STF aberta com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, em abril. É a primeira de duas escolhas que o petista deverá fazer no mandato.
Lula disse que Zanin "se transformará em um grande ministro" do STF — onde poderá atuar até 2050. "Conheço suas qualidades, formação, trajetória e competência. E acho que o Brasil irá se orgulhar".
Os ministros do STF parabenizaram Zanin. Luiz Fux considerou a escolha "ótima", Nunes Marques, "muito boa", e Gilmar Mendes, "positiva". André Mendonça desejou sucesso na sabatina do Senado, a ser marcada antes do recesso parlamentar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
O advogado tem de ser aprovado por maioria absoluta na sabatina para assumir a vaga no STF. Historicamente, a Casa sempre aprovou as nomeações presidenciais para o Supremo, mas isso não significa que as sabatinas sejam tranquilas. Zanin enfrentará, por exemplo, o hoje senador Sérgio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato.
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