Lira se reúne com Lula, endossa nome de Sabino no Turismo e pede menos MPs
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se encontrou hoje com o presidente Lula (PT) para tentar melhorar a relação entre os dois Poderes, pedindo a diminuição do envio de MPs (medidas provisórias) à Casa. Na reunião, endossou um aliado para o Ministério do Turismo.
O que aconteceu?
O deputado foi ao encontro do presidente no Palácio da Alvorada nesta tarde, após o cancelamento de um evento em Goiás por mau tempo. Marcado de última hora, o encontro não constava na agenda oficial.
A reunião se dá horas antes de Lula embarcar para Belém, onde, entre outros compromissos, deverá se encontrar com o deputado Celso Sabino (União-PA), cotado para assumir o Turismo. Ele foi indicado pelo União Brasil para o lugar de Daniela Carneiro, que iniciou um processo para sair do partido e ir para o Republicanos.
O deputado é um fiel aliado de Lira, que tem pedido também outros ministérios. Na reunião de hoje, os dois trataram também do avanço da reforma tributária e de uma possível diminuição do envio de MPs por parte do governo.
Pressão por mais participação
No encontro, de pouco mais de uma hora, Lira reforçou o nome de Sabino, que sofre resistência dentro do Planalto, e tratou da articulação na Câmara. Diferentemente do Senado, a Casa tem oferecido resistência às pautas petistas e se tornou um dos principais focos de atenção do governo.
A troca no ministério foi a forma encontrada pelo governo Lula para tentar converter mais votos do União Brasil, que tem se posicionado como independente no Congresso.
Capitaneado por Lira, o centrão tem cobrado o governo por mais entradas. Não só com cargos diretamente na Esplanada, como em posições menores, em diversos ministérios — um dos temas que nortearam a reunião ministerial ontem (15).
Em seu Twitter, Lira disse que debateram o "crescimento do país" e negou que os dois tenham debatido cargo em ministério.
Por uma relação menos truncada
Lira pediu que o governo diminuísse o envio de MPs, algo muito criticado pela então oposição durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Lula se comprometeu, mas argumentou que precisaria de mais "boa vontade" por parte do Congresso.
Está claro para o Planalto que a relação entre os dois deve melhorar, mas, ao mesmo tempo, aliados dizem que não se pode entregar tudo o que Lira pede. O centrão tem pedido, por exemplo, pastas "mais relevantes", como a da Saúde.
Por enquanto a possibilidade não é considerada pelo Planalto —Lula é entusiasta da ministra Nísia Trindade—, mas interlocutores já admitem que, no futuro, a depender da situação, trocas podem, sim, ser feitas. Segundo o UOL apurou, esta mudança não foi abordada diretamente nesta reunião.
Os dois também trataram de economia e reforçaram a aprovação da reforma tributária, que deverá começar a circular no Congresso após a aprovação do arcabouço fiscal. Embora seja um projeto prioritário para o governo, também é importante para o presidente da Câmara, que tomou a pauta para si.
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