Moraes manda PF ouvir Bolsonaro e Daniel Silveira em caso de Marcos do Val
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a Polícia Federal colha depoimentos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) no inquérito que investiga o senador Marcos do Val (Podemos-ES).
O que aconteceu
A PF argumentou, em pedido ao ministro, que dados extraídos do celular de Do Val em fevereiro apresentam elementos indicativos de suposta participação do referido parlamentar em associação criminosa junto de Daniel Silveira para o suposto cometimento de atos antidemocráticos.
Moraes aceitou o pedido da PF para que fossem ouvidos Daniel Silveira e Bolsonaro. A defesa de Bolsonaro disse que o ex-presidente "jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado".
Paulo Faria, advogado de Silveira, disse que tomou conhecimento apenas pela imprensa e reclamou da atuação do Judiciário: "A defesa sempre foi colocada de quatro para isso. Não temos acesso a nada, e a OAB não faz nada. Portanto, estamos à míngua".
A operação de ontem foi autorizada por Moraes, que também determinou que o senador se abstenha de publicar e promover notícias falsas e ataques às instituições. O magistrado, porém, negou um pedido para que o parlamentar fosse preso, conforme mostrou a TV Globo.
Plano de golpe
A investigação está relacionada aos relatos do senador sobre um suposto plano golpista que envolveria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).
Desde que afirmou ter sido coagido a tentar incriminar Alexandre de Moraes, o parlamentar mudou de versão várias vezes.
O senador chegou a dizer que forjou a história para tentar afastar Alexandre de Moraes da investigação contra Bolsonaro: "Não tinha golpe de Estado, nem nada. Tinha falado: 'Bolsonaro, vou usar aquela reunião para fazer uma ação para te blindar porque ele [Moraes] quer te prender'", disse o senador a apoiadores em vídeo gravado pelo portal Metrópoles.
O UOL apurou que Do Val é investigado por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta de governo legalmente constituído, associação criminosa e divulgação irregular de informações confidenciais.
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