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Do Val tira licença e defensor de Bolsonaro assume vaga na CPI do 8/1

Senador Marcos do Val - 2.dez.2022 - Geraldo Magela/Agência Senado
Senador Marcos do Val Imagem: 2.dez.2022 - Geraldo Magela/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

21/06/2023 14h36Atualizada em 21/06/2023 14h41

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) anunciou que tirou licença médica após um mal-estar ontem. Dessa forma, o parlamentar cedeu temporariamente sua vaga na CPMI do 8 de janeiro a Marcos Rogério (PL-RO).

O que aconteceu:

A assessoria do senador informou que ele foi orientado a tirar licença médica "imediatamente", após um mal-estar em seu gabinete. Ontem, Do Val disse que estava com pressão alta.

Ainda não há uma data certa para o retorno do parlamentar.

A sua vaga na CPMI dos atos golpistas será preenchida pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), "conhecido pela sua defesa dos ideais conservadores e do Brasil", segundo a nota de Marcos do Val.

Marcos Rogério é um ferrenho apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, na CPI da Covid, apresentou um relatório alternativo ao feito por Renan Calheiros (MDB-AL).

Além de chamar o trabalho da relatoria de "parcial", o senador defendeu o uso da hidroxicloroquina e outras medidas de tratamento precoce, comprovadamente ineficaz por instituições de saúde. A alegação dele era que as indicações sem base científica "foram feitas no afã de enfrentar a pandemia e salvar o maior número possível de vidas de brasileiros".

Do Val foi alvo da PF na semana passada

Na quinta-feira (15), dia do aniversário de Do Val, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços do senador no Espírito Santo e em Brasília. A busca foi motivada pelas idas e vindas do senador sobre a denúncia de um suposto plano de golpe articulado com o ex-presidente Bolsonaro e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

Em fevereiro, o senador afirmou que renunciaria ao cargo. Desistiu, e recontou a história outras vezes, minimizando o papel que Bolsonaro teria no plano. Pelas mudanças de versão, Moraes mandou investigá-lo.

Depois, em março, Marcos Do Val disse que agiu para "blindar" Bolsonaro, em uma tentativa de afastar Moraes da relatoria de inquéritos contra o ex-presidente. "Não tinha golpe de Estado, nem nada", disse ele na ocasião.