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Espero que tenha julgamento justo, diz Lula sobre Bolsonaro

"Espero que ele tenha a presunção da inocência, direito de defesa e um julgamento justo", disse Lula a jornal italiano - Ricardo Stuckert e Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
"Espero que ele tenha a presunção da inocência, direito de defesa e um julgamento justo", disse Lula a jornal italiano Imagem: Ricardo Stuckert e Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

21/06/2023 13h50Atualizada em 21/06/2023 13h52

O presidente Lula (PT) desejou que Jair Bolsonaro (PL) tenha um julgamento justo, às vésperas de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) começar a analisar a ação que pode tornar o ex-presidente inelegível.

O que Lula disse?

"Espero que ele tenha a presunção da inocência, direito de defesa e um julgamento justo", declarou ele ao principal jornal italiano, o Corriere Della Sera. O presidente está em Roma, onde se encontrou com o papa Francisco e a premiê italiana Giorgia Meloni.

"Quem planta vento, colhe tempestade". "O meu antecessor nem vento plantou, plantou ódio. Discursava contra a democracia, contra as instituições", afirmou. "Depois das eleições, seus seguidores pediram golpe militar. Absurdo. Agora ele responde na justiça".

TSE começa julgamento amanhã. Bolsonaro foi hoje ao Senado, e disse esperar que o relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves, "mude o seu voto". O voto dele ainda não é conhecido, mas a expectativa é que ele recomende a inelegibilidade do ex-presidente.

Entenda o julgamento de Bolsonaro no TSE

Bolsonaro é julgado por uma reunião com embaixadores no ano passado. O ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por usar a TV Brasil, uma emissora pública, para transmitir a reunião em que fez alegações mentirosas sobre o processo eleitoral.

A PGE (Procuradoria Geral-Eleitoral) se manifestou pela inelegibilidade de Bolsonaro e pela absolvição do vice na chapa do ano passado, Braga Netto.

O órgão considerou que as falas de Bolsonaro geraram "graves consequências" para a aceitação das eleições e mostrou-se "evidentemente capaz de afetar a confiança de parcela da população" na legitimidade das urnas. A manifestação da PGE é o último passo da acusação antes de o processo ser levado a julgamento.