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Zanin se reúne com presidente do STF e tomará posse no dia 3 de agosto

A ministra do STF, Rosa Weber, ao lado do futuro ministro da Corte Suprema, Cristiano Zanin - TSE/Divulgação
A ministra do STF, Rosa Weber, ao lado do futuro ministro da Corte Suprema, Cristiano Zanin Imagem: TSE/Divulgação

Do UOL, em Brasília

22/06/2023 17h01Atualizada em 22/06/2023 19h01

Aprovado ontem para ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), o advogado Cristiano Zanin visitou hoje à tarde a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, para falar sobre sua posse, que será em 3 de agosto.

O que aconteceu?

No encontro, que aconteceu por cerca de 40 minutos nesta tarde, Zanin e Weber trataram dos detalhes sobre a posse.

Zanin chegou pelo subsolo, de forma discreta, por volta das 16h50, durante o intervalo da sessão plenária. Ele deixou o tribunal sem falar com a imprensa.

Depois do encontro com a presidente, Zanin se reuniu com os demais ministros da Corte no intervalo da sessão. Ele também conversou com a cúpula administrativa do tribunal para saber detalhes sobre o funcionamento de seu gabinete.

Em nota, o STF confirmou que a data da posse ficou definida em 3 de agosto. "Depois do encontro, eles se reuniram com os demais ministros da Corte antes da retomada da sessão. Zanin também conversou com a cúpula administrativa do tribunal para obter detalhes sobre como será o funcionamento de seu gabinete", disse o tribunal.

Tradicionalmente, o ministro que assumirá uma cadeira na Corte sempre se reúne com o presidente do tribunal para discutir detalhes da posse, como a melhor data para o evento e a lista de convidados.

Eles conversaram ontem, por telefone, após a aprovação de Zanin pelo Senado. Assim como outros ministros do Supremo, Rosa Weber o parabenizou. A votação foi de 58 a 18 votos.

Defensor de Lula nos processos da Lava Jato, ele vai ocupar a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski, que se aposentou em maio deste ano.

Zanin poderá atuar na Corte por 28 anos. A aposentadoria compulsória de ministros do Supremo ocorre aos 75 anos.

STF se prepara para receber Zanin

Zanin herdará um dos menores acervos da Corte: são 530 processos que estavam sob relatoria de Lewandowski e passarão para as mãos do novo ministro. Entre os casos há debates sobre a Lei das Estatais e um inquérito contra o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA), aliado de Jair Bolsonaro (PL), por desvios de verbas.

O novo ministro ficará com o gabinete que era ocupado por Alexandre de Moraes, no quinto andar do anexo do tribunal. Moraes pediu transferência para ficar com o espaço antes ocupado por Lewandowski, por ser mais próximo da 1ª Turma, onde atua.

Zanin também herdará a equipe deixada pelo seu antecessor, formada por 42 funcionários do Supremo. Se quiser, poderá manter os servidores ou fazer substituições.

Sabatina teve clima de aprovação

Antes mesmo de iniciada a sabatina, senadores já diziam que Zanin seria aprovado sem grandes problemas no Senado, com votos até da oposição.

O clima se refletiu na própria arguição, que foi classificada pelos parlamentares como "tranquila".

Até mesmo o clima com o senador Sergio Moro (União-PR) foi considerado ameno diante da expectativa -- Zanin e o ex-juiz protagonizaram embates tensos nas audiências da Lava Jato.

    Suspeição caso a caso

    Uma das perguntas feitas por Moro, por exemplo, questionou a possibilidade de Zanin de se declarar suspeito em casos da Lava Jato. O advogado respondeu que o fato de um processo ter "etiqueta" da antiga operação não o obrigará a se declarar suspeito nesses processos.

    Eu não acredito que o simples fato de colocar uma etiqueta, indicar o nome Lava Jato, possa ser um critério do ponto de vista jurídico para aquilatar a suspeição ou o impedimento.
    Cristiano Zanin Martins

    Como foram as votações dos outros ministros do STF

    • André Mendonça: 47 votos a favor x 32 contra
    • Nunes Marques: 57 x 10
    • Alexandre de Moraes: 55 x 13
    • Edson Fachin: 52 x 27
    • Luís Roberto Barroso: 59 x 6
    • Rosa Weber: 57 x 14
    • Luiz Fux: 68 x 2
    • Dias Toffoli: 58 x 9
    • Cármen Lúcia: 55 x 1
    • Gilmar Mendes: 57 x 15