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Relatora da CPI diz que falas confirmam relação de ataques a bomba com 8/1

Relatora da CPI de 8/1, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) - Pedro França/Agência Senado
Relatora da CPI de 8/1, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) Imagem: Pedro França/Agência Senado

Carolina Nogueira

Colaboração para o UOL, em Brasília

22/06/2023 14h54

A relatora da CPMI dos atos golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que o depoimentos dos peritos na manhã desta quarta-feira (22) confirmam a relação entre o 8 de janeiro e os atos de vandalismo no dia 12 de dezembro e a tentativa de explosão no aeroporto de Brasília, na véspera de Natal.

O que aconteceu?

A comissão ouviu os peritos Valdir Pires Dantas Filho e Renato Martins Carrijo, da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) e Leonardo de Brito , diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado da Polícia Civil do DF.

Os policiais participaram das investigações sobre a tentativa de explodir uma bomba no aeroporto de Brasília em 24 de dezembro e os atos de vandalismo no dia 12 do mesmo mês — data da diplomação do presidente Lula.

A CPMI foi instalada para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro, mas a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), estabeleceu em seu plano de trabalho a investigação de episódios anteriores que podem ter relação com a depredação dos Três Poderes.

"As informações trazidas pelos delegados nos levam a confirmação daquilo que nós trabalhamos, colocamos como linha de investigação no nosso plano de trabalho, que foi a correlação dos atos do 8 de janeiro com o que ocorreu no dia 24 de dezembro e também no dia 12 de dezembro", afirmou Eliziane.

Durante o depoimento, Carrijo mostrou fotos dos artefatos explosivos encontrados nos arredores do Aeroporto de Brasília em dezembro do ano passado, dias antes da posse do presidente Lula (PT).

De acordo com o perito, explosivos são industriais, usados principalmente em pedreiras, para romper rochas, e na construção civil para fazer túneis.

Em dezembro do ano passado, foram encontrados dispositivos explosivos em três locais. Nenhum deles foi acionado com sucesso, e dois apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram presos, suspeitos de planejarem o crime.

Hoje também está previsto o depoimento de George Washington de Oliveira Sousa, que foi preso por tentar explodir uma bomba perto do aeroporto de Brasília, na véspera do Natal em 2022.

Em maio, ele foi condenado pela Justiça do Distrito Federal a nove anos e quatro meses de prisão.