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CPI do 8/1: Após reexame, coronel Naime desiste de atestado e decide depor

Caíque Alencar e Carolina Nogueira

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em Brasília

26/06/2023 13h18Atualizada em 26/06/2023 15h02

A CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro decidiu reexaminar o atestado médico apresentado pelo coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal. Em seguida, o coronel resolveu depor.

O que aconteceu?

Naime passou por avaliação da junta médica do Senado. Ele chegou à Casa por volta das 14h, mas não falou com a imprensa.

Mesmo sem o resultado do laudo, Naime desistiu do atestado anteriormente apresentado e resolveu depor.

Ele disse que, nos cinco meses em que se encontra preso, não soube exatamente do que está sendo acusado. Ele é suspeito de omissão.

Ele afirmou reiteradamente que não se encontra em bom estado físico, mas que "ia tentar responder da melhor maneira possível".

O coronel havia apresentado documento argumentado que tinha um "quadro depressivo". Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes havia permitido que Naime ficasse em silêncio, mas negou que ele pudesse faltar no depoimento para não sofrer "constrangimentos".

O militar foi convocado para depor na CPMI na condição de testemunha, não investigado. Também foi concedida autorização para que o coronel consultasse seus advogados a qualquer momento do depoimento.

A CPMI quer ouvir Naime Barreto sobre a tentativa de invasão à sede da Polícia Federal em Brasília em 12 de dezembro do ano passado — isso porque os fatos a serem considerados têm início desde o fim do segundo turno das eleições. O requerimento para ouvir o coronel é de autoria relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA).

O coronel está preso desde fevereiro por suspeita de omissão antes e durante as invasões às sedes dos Três Poderes após ter sido afastado do Departamento Operacional da PM-DF no dia 10 de janeiro.