Renan Filho: Campos Neto faz ata de cercadinho e deve explicação ao Senado
O convite para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vá ao Senado dar explicações sobre taxa de juros é uma chance dele se comunicar fora de um "cercadinho", afirmou o ministro Renan Filho.
O representante dos Transportes no governo Lula falou sobre o que classificou como "divergência interna" que teria transparecido na ata do Copom, divulgada ontem, que sinalizou uma possível queda da Selic a partir de agosto. Renan Filho participou do UOL Entrevista desta quarta-feira (27) com participação dos colunistas Carla Araújo e Josias de Souza.
Se comunicar por ata é mais ou menos como se comunicar em um cercadinho. Você bota o que quer, o sujeito lê e interpreta como quiser. No cercadinho é assim, você fala o que quer e o outro lado lá interpreta do jeito que for. Agora não. Ele vai ter que se explicar à política.
Renan Filho, ministro dos Transportes
Renan Filho afirmou, ainda, que o Senado sustenta Campos Neto no cargo de presidente do Banco Central à luz da legislação e que essa vai ser uma oportunidade para que ele possa esclarecer as divergências e também críticas após a divulgação da ata do Copom.
Campos Neto deve ser ouvido pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Ao todo, quatro requerimentos foram feitos por parlamentares. Ainda não há definição de data para que ele compareça à comissão.
'Tarcísio foi ministro que menos investiu no Brasil'
Renan Filho também criticou as condições em que as estradas brasileiras foram entregues ao atual governo e disse que Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo, foi o ministro que menos investiu no país. Ele foi titular da Infraestrutura na gestão Bolsonaro.
Tarcísio foi o ministro que menos investiu no Brasil. Ele estava subordinado ao teto de gastos. Ele não tinha densidade política para discutir no próprio governo Bolsonaro sobre investimento. Ele brigou o tempo inteiro e perdeu. Brigou e perdeu porque o governo anterior não tinha noção de que o investimento em infraestrutura é importante.
Renan Filho, ministro dos Transportes
Para ele, mesmo com orçamento de R$ 20 bilhões para a pasta em 2023, o país precisa de mais dinheiro para cumprir os desafios de um país das dimensões do Brasil.
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