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Ex-juíza da Lava Jato, Hardt vira alvo reclamação disciplinar do CNJ

A ex-juíza da Lava Jato Gabriela Hardt virou alvo de uma reclamação disciplinar do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O que aconteceu?

O conselho atendeu a um pedido do empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia. A decisão foi do ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça.

Para Garcia, Hardt cometeu violação do princípio da impessoalidade em dois processos que o envolvem e conduziu os casos com "velocidade fora do comum".

Em outras duas tramitações judiciais, ele também alega que a ex-juíza da Lava Jato tinha conhecimento de "atos potencialmente criminosos praticados pelo então juiz Sergio Moro e Procuradores da República, mas manteve-se inerte".

Salomão deu 15 dias para Hardt enviar informações sobre os fatos narrados por Garcia. "Considerando o contexto apresentado e tendo em vista a linha tênue que separa os atos simplesmente jurisdicionais dos que detêm relevância correcional, bem como a cautela peculiar afeta à atuação da Corregedoria Nacional de Justiça, salutar a apuração dos fatos", escreveu o ministro.

Procurada pelo UOL, a magistrada disse que vai prestar as informações solicitadas pelo CNJ.

Gabriela Hardt deixou Lava Jato em junho

Hardt foi transferida para a 3ª Turma Recursal do Paraná. O colegiado julga ações sobre temas previdenciários e assistenciais. A "dança das cadeiras" ocorreu porque a juíza Graziela Soares foi convocada para trabalhar como auxiliar da Corregedoria Regional da 4ª Região e precisou deixar a turma.

O juiz Fábio Nunes de Martino, que despachava na 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, assumiu como o novo titular da Lava Jato, enquanto o juiz Murilo Scremin Czezacki, da 2ª Vara Federal de Cascavel, ficou como substituto.

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