Padilha: Autoridades da Itália confirmam agressões a família de Moraes
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou em sua participação no UOL Entrevista hoje que autoridades da Itália confirmaram ao governo brasileiro que a família do ministro do STF Alexandre de Moraes foi agredida por brasileiros no aeroporto de Roma.
O que Padilha disse
Padilha afirmou que não teve acesso a imagens do aeroporto, mas autoridades da Itália disseram que familiares de Moraes foram agredidos. "Sei dessas informações desde ontem, de que, de fato, a parceria com autoridades da Itália confirmava a agressão e certamente os depoimentos para a Polícia Federal vão esclarecer as agressões".
O ministro afirmou que está na hora de acabar a intolerância no país. "Fizemos um grande esforço para estancar uma tentativa de golpe que teve no país, que cada vez mais vamos vendo que foi planejada".
Troca nos ministérios
Alexandre Padilha não negou a possibilidade de mais mudanças nos ministérios do governo Lula para acomodar o centrão. Padilha participou do UOL Entrevista na manhã de hoje.
Padilha garantiu que o presidente Lula vê como "algo positivo" a sinalização de diferentes partidos pelo interesse de compor o governo: "Governo não é coisa de 100 metros. É igual rally, que de vez em quando você muda o co-piloto, muda o pneu, depende do obstáculo. [...] A sinalização de lideranças de partidos que não votaram no presidente Lula, não apoiaram, sinalizaram o interesse de querer participar desse governo", disse.
Mas Padilha também garantiu que nada será decidido até que Lula volte da viagem à Bélgica. Além disso, nenhuma pasta deve ser trocada antes do fim do recesso parlamentar, em duas semanas.
"O presidente Lula agora no mês de julho está mais concentrado na elaboração do PAC, da preparação da cúpula da Amazônia, nessa agenda importante em Bruxelas com a União Europeia. Mas, certamente na volta do Congresso Nacional, acho que esse tema volta e o governo vê como positivo o interesse de partidos que não faziam parte do governo de participar", afirmou Padilha.
Acho que tem um fenômeno pós 8 de janeiro de uma demarcação, de uma linha no mundo da política de quem queria apostar em uma aventura golpista e aqueles que não querem. Isso amplia as forças políticas. E, também, um outro fenômeno que é o fato desse primeiros 6 meses o governo ter conseguido aprovar aquilo que eram suas prioridades
Ministro Alexandre Padilha, em participação no UOL Entrevista
Saúde e Esporte devem ser mantidos
Padilha disse que Lula não deve alterar ministérios construídos como "representantes de segmentos sociais". O presidente colocou mulheres nestes cargos e fez a opção para construir nomes que não fossem de partidos, explicou o ministro.
Hoje, o UOL mostrou que Lula tem negado pessoalmente as pastas da Saúde e do Esporte, ocupadas por duas mulheres das respectivas áreas, sem influência partidária, e do Desenvolvimento Social, na mão de um petista. Sobra, então, para partidos que compuseram a chapa original da campanha petista, como PCdoB e PSB, as atenções de União Brasil, PP e Republicanos.
Acredito que quando ele discute isso [mudanças ministeriais], ele não pensa nesses espaços que representam segmentos sociais, não necessariamente representam forças políticas, e não pensa em colocar isso em discussão. Então necessariamente passa por aqueles espaços que representam forças políticas, inclusive, o PT, e inclusive o meu [cargo]
Ministro Alexandre Padilha, em participação no UOL Entrevista
O UOL Entrevista teve apresentação de Fabíola Cidral, com participação dos colunistas do UOL Josias de Souza e Tales Faria.
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