MP-RJ: Delação de Élcio não o poupa de júri ou reduz pena em caso Marielle
O Ministério Público do Rio de Janeiro esclareceu que o acordo de delação premiada de Élcio de Queiroz não o tira de júri popular e nem prevê redução de pena. O ex-PM confessou ter participado dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.
O que aconteceu:
A delação não poupará Élcio de ir ao plenário do júri. Segundo a nota divulgada, seria inconstitucional pular essa parte do julgamento.
O tempo de pena permanecerá o mesmo, apesar da delação. "O MP-RJ pode assegurar que o acordo não estipula nenhuma redução de pena, sendo certo que o colaborador cumprirá toda aquela que vier a ser fixada em futuro julgamento".
O Ministério também reforçou que a delação está "em sigilo por imposição legal".
Avanço no caso Marielle
A Polícia Federal avançou na prisão e investigação dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, após delação de Élcio de Queiroz.
Preso desde 2019, Élcio de Queiroz confessou participação no crime e apontou Ronnie como o autor dos disparos, disse o ministro Flávio Dino. Ontem, a PF deteve o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, e hoje ele foi transferido para custódia federal, em Brasília.
Além de Suel, a polícia também cumpriu sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. Os demais nomes ainda não foram informados.
Os investigadores também descobriram provas mostrando o envolvimento de mais pessoas no planejamento do crime. A colunista do UOL Juliana Dal Piva apurou que os investigadores descobriram que Maxwell participou de campanas para o planejamento do assassinato da vereadora.
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