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Moraes pede à PF inclusão de Eustáquio em lista de procurados da Interpol

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a PF (Polícia Federal) inclua na lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) o nome do blogueiro Oswaldo Eustáquio.

O que aconteceu

O ofício foi anexado ao inquérito sigiloso no STF que investiga atos antidemocráticos e enviado à cúpula da PF no começo deste mês.

O nome do apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não consta na lista de difusão vermelha da Interpol.

Em nota enviada ao UOL, a defesa de Eustáquio diz que vai pedir ao órgão internacional que não acate a solicitação "Com base no artigo 3 do órgão internacional, que veda a inclusão de nomes por perseguição política. Oswaldo é um refugiado político por perseguição ilegal".

Os advogados Ricardo Freire Vasconcellos e Levi de Andrade dizem que a acusação de ataque à democracia não é reconhecida internacionalmente e afirmam que "qualquer ação contra ele seria flagrante mau uso de dinheiro público em âmbito internacional e viola o tratado entre o Brasil e o Paraguai". O blogueiro está no país vizinho, onde conseguiu asilo político.

Pedido de prisão

Oswaldo Eustáquio é investigado em dois inquéritos e chegou a ser preso mais de uma vez por ordem de Moraes após desrespeitar decisões do STF.

Em março deste ano, o blogueiro foi localizado no Paraguai enquanto fazia uma transmissão pela internet. Eustáquio estava acompanhado de um sócio, detido pela polícia paraguaia. O bolsonarista só não foi preso também porque o Paraguai analisava o pedido de asilo político. Os mandados de prisão contra ambos foram expedidos por Moraes.

O asilo foi concedido porque a mãe de Eustáquio, que já morreu, era paraguaia. A defesa sustenta que ele não é foragido porque possui endereço fixo em Assunção.

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Eustáquio entrou no Palácio do Alvorada, então ocupado por Jair Bolsonaro (PL), no dia da diplomação de Lula, quando bolsonaristas atearam fogos em veículos em Brasília, . Há suspeita de que ele foi ao local para fugir da Polícia Federal. O blogueiro nega e disse que participou de uma reunião com humoristas que apoiam o então presidente.

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