PGR denuncia ex-chefe de Operações da PMDF por omissão nos atos de 8/1

A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou o ex-chefe do Departamento de Operações da PM do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, por omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

A denúncia foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em uma petição sigilosa. O UOL apurou que também foi solicitada a prisão preventiva de Naime Barreto.

Acusado de omissão

Jorge Eduardo Naime Barreto foi preso em fevereiro na quinta fase da Operação Lesa Pátria por suspeita de omissão antes e durante as invasões às sedes dos Três Poderes. Ele havia sido afastado do Departamento Operacional da PM-DF no dia 10 de janeiro. Ele segue detido até hoje.

O coronel retardou propositalmente a linha de contenção da PM, segundo o ex-interventor da Segurança Pública do Distrito Federal Ricardo Cappelli.

Capelli disse ter visto com os "próprios olhos" os comandados por Naime Barreto avançando "lentamente" contra os golpistas.

Em nota, a defesa de Jorge Eduardo Naime Barreto afirmou que discorda da posição da PGR e que ele não adotou "qualquer conduta omissiva ou ato de conivência" durante os atos golpistas.

A defesa diz ainda que o oficial "agiu com afinco e disposição" durante as manifestações.

"Pelo contrário, apesar de estar no gozo de uma dispensa-recompensa, o Coronel foi convocado para se dirigir à Praça dos Três Poderes, quando o tumulto já estava em estágio bastante avançado, ocasião na qual atuou nos estritos termos legais, objetivando não só proteger e zelar o patrimônio público, como também efetuou diversas prisões de vândalos", afirmam os advogados.

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