Comandante do Exército diz que 'desvios de conduta serão corrigidos'

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou hoje que "eventuais desvios de conduta" serão "repudiados e corrigidos" em evento no quartel-general em Brasília com a presença do presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB).

O que aconteceu?

O recado integra a ordem do dia, lida por Paiva em comemoração ao Dia do Soldado. Na mensagem, o general citou ainda a "missão constitucional" das Forças Armadas.

Esse comportamento coletivo [do Exército] não se coaduna com eventuais desvios de conduta, que são repudiados e corrigidos, a exemplo do que fez Caxias, o forjador do caráter militar brasileiro.
General Tomás Paiva, comandante do Exército

A mensagem é dada em um momento em que as Forças Armadas passam por um momento delicado, com a prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

Também é o momento em que o Exército se reaproxima do governo federal, nove meses após a tentativa de golpe em 8 de janeiro. Parte dos golpistas passaram meses acampados à frente do QG, a poucos metros de onde Paiva fez seu discurso.

O general, inclusive, assumiu o comando no fim de janeiro, após as invasões. O presidente Lula (PT) desligou o então comandante Júlio César de Arruda por suspeitar de conivência com os atos.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), também participa do evento. Ele é responsável pelo processo contra os golpistas na Suprema Corte.

Alckmin e a chefe de gabinete de Moraes, Cristina Kusahara, foram agraciados com medalhas do Exército Brasileiro.

Guiados pelo espírito de servir à Pátria, vocês são os fiéis depositários da confiança dos brasileiros, que só foi obtida pela dedicação extrema ao cumprimento da missão constitucional e pelo absoluto respeito a princípios éticos e valores morais.
General Tomás Paiva, comandante do Exército

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