Josias: CPI tratar golpista como lobo solitário é ideia absurda e temerária
O colunista do UOL Josias de Souza criticou a CPI do 8/1 por sinalizar que tratará militares envolvidos nos atos golpistas como "lobos solitários".
Isso não está correto. Esse esforço da cúpula da CPI para individualizar as culpas dos militares golpistas é até salutar. Mas a ideia de tratar golpista fardado como lobo solitário é absurda e temerária. Não há lobo solitário nessa história. O que existe é uma alcateia de oficiais em litígio com a Constituição e esses militares golpistas tiveram estímulo superior. Josias de Souza, colunista do UOL
Em participação no UOL News, Josias alertou para o risco de a CPI poupar militares de alta patente ao individualizar as culpas pela invasão às sedes dos Três Poderes. Para o colunista, está clara a participação da cúpula das Forças Armadas nos atos golpistas, o que inviabilizaria a tese de que os militares flagrados agiram por vontade própria.
No afã de preservar as Forças Armadas, a CPI flerta com o risco de poupar generais que integraram as fileiras daquilo que o Bolsonaro chamava de 'meu Exército'. Não se pode confundir a individualização de penas com uma caracterização dessa tentativa de golpe como algo solitário. É um plano coletivo que teve a anuência e o estímulo da cúpula do Exército. Josias de Souza, colunista do UOL
Caso Faustão: Fila de transplante é confiável e transparente, diz médica
A médica cardiologista Stéphanie Rizk ressaltou a confiança e a transparência da lista de transplantes no Brasil, em meio às dúvidas geradas pelo caso do apresentador Fausto Silva. Ela explicou que fatores como idade, altura, condição clínica e tipagem sanguínea, entre outros, podem fazer um paciente ter prioridade para receber o órgão
[A lista de transplante no Brasil] É um modelo reconhecido internacionalmente pela transparência e justiça. Felizmente, o fator econômico aqui não importa. A lista é transparente e todo mundo tem acesso a ela. Entre os médicos, todos sabem quais são as prioridades. É algo que realmente funciona e deve ser replicado em outros países. Stéphanie Rizk, médica cardiologista
Josias: Comandante do Exército vive realidade paradoxal para punir militares
Josias de Souza conversou com o general Tomás Paiva e revelou que o comandante do Exército enfrenta uma situação paradoxal para punir os militares que participaram dos atos golpistas. O colunista contou dois casos em que o oficial tem dificuldades para expulsar da corporação militares envolvidos em crimes como tráfico de drogas e sequestro relâmpago - tudo por conta da lentidão do processo.
O general Paiva vive uma realidade paradoxal. Ele considera vital punir com muito rigor os militares envolvidos em crimes contra a democracia e outras delinquências, mas alega que a legislação impõe dificuldades para conciliar o desejo com a prática. Segundo o general, é mais fácil punir militares indisciplinados do que os processados por crimes graves. Josias de Souza, colunista do UOL
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