Ministro de Lula se diz vítima de ilações: 'Ataques e mais ataques'
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou que ele e a família são vítimas de ataques ao comentar a recondução da irmã dele ao cargo de prefeita de Vitorino Freire (MA).
O que Juscelino disse:
O ministro afirmou que "recebeu com tranquilidade" a notícia da recondução da irmã dele, Luanna Rezende (União Brasil), ao cargo.
"É com muito trabalho que iremos rebater todas essas acusações", disse Juscelino em nota.
Nos últimos meses, tenho sofrido duros ataques, tentando me responsabilizar por atos de terceiros, com inúmeras ilações que nada têm a ver com minha atuação no Ministério das Comunicações. Foram ataques e mais ataques contra mim, contra minha família e contra as emendas parlamentares, um instrumento legítimo e democrático do Congresso Nacional.
Juscelino Filho, em nota
A irmã de Juscelino foi afastada do cargo em 1º de setembro, após uma operação da Polícia Federal investigar o desvio de emendas parlamentares, por meio da estatal Codevasf, destinadas ao município gerido por ela.
Luanna Rezende teve autorização para voltar ao cargo após decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), ontem.
Na decisão, o ministro explicou que a medida de afastamento cautelar da função pública "cumpriu o seu propósito e não mais se justifica à luz do princípio da proporcionalidade".
O ministro justificou a decisão ao mencionar que foram adotadas medidas pelo município, como a exoneração de uma servidora investigada, a suspensão da execução dos processos de pagamento referentes a contratos em investigação, a suspensão da execução e pagamento dos processos referentes à empresa Pentágono Comércio e Engenharia Ltda, Arco Construções e Incorporações e Topázio Comercio e Serviços Ltda.
Entenda
Auditorias feitas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e pela CGU (Controladoria-Geral da União) apontam uma série de irregularidades em obras de asfaltamento da Codevasf nas ruas do município de Vitorino Freire. Segundo os órgãos, há problemas como indicação falsa do local das jazidas de asfalto para aumentar o valor do transporte e má qualidade final das obras.
A CGU aponta que ao menos R$ 2,2 milhões foram superfaturados em contratos assinados pela prefeitura em 2019 — e já executados — e que devem ser ressarcidos aos cofres públicos.
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