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PF faz operação sobre suspeitas de corrupção do ministro Juscelino Filho

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na manhã de hoje para apurar suspeitas de corrupção envolvendo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA).

A PF suspeita que o ministro desviou emendas parlamentares por meio da estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) destinadas à Prefeitura de Vitorino Freire (MA), onde sua irmã Luanna Rezende (União Brasil) é prefeita. Ela é um dos alvos das buscas e também foi afastada de seu cargo.

É a primeira operação da PF sob o governo do presidente Lula que atinge um membro do primeiro escalão. Os fatos sob investigação ocorreram quando ele era deputado federal. São cumpridos doze mandados de busca e apreensão em municípios do Maranhão. A operação foi batizada de Benesse.

A PF detectou diálogos entre Juscelino e um empresário responsável por obras no município e apura suspeitas de pagamentos a ele.

A PF chegou a pedir buscas contra o próprio ministro, mas o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, negou o pedido.

Em comunicado à imprensa, a Polícia Federal afirmou que "a presente fase alcança o núcleo público da organização criminosa, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense". A investigação havia começado na primeira instância sob o nome de Odoacro, com a deflagração de duas fases. O caso foi enviado posteriormente ao STF pela suspeita do envolvimento de parlamentares nos desvios.

A defesa do ministro afirmou, em nota, que sua atuação "tem sido pautada pelo interesse público e atendimento da população". "É importante ressaltar que Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade. Emendas parlamentares, vale dizer, são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso Nacional e Juscelino Filho segue à disposição, como sempre esteve, para prestar esclarecimentos às autoridades", afirmam os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso.

A Codevasf informou, também em nota, que colabora com os trabalhos da Polícia Federal e demitiu um funcionário no mês de agosto após a conclusão de um processo da Corregedoria.

Reportagem

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