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'Poderia Garnier querer, mas Marinha não queria', diz Múcio sobre golpe

O ministro da Defesa José Múcio Monteiro afirmou que as defesas de um golpe militar apontadas por Mauro Cid durante a delação premiada seriam atos isolados, mesmo envolvendo pelo menos um nome do alto escalão das Forças Armadas durante o governo Bolsonaro.

Em entrevista à revista Veja na manhã de hoje, Múcio comentou que o almirante Almir Garnier até pode ter sido favorável a um golpe, mas que isso não refletiu o resto da Marinha do Brasil.

Eu acho que essa questão dos golpes eram questões isoladas. Podia o Garnier querer, mas a Marinha não queria. O Freire Gomes eu não sei se queria, não senti nenhuma tendência disso, nem do Batista Jr. Eles podem ter participado de reuniões porque o presidente da República os convocava.
José Múcio Monteiro, em entrevista à Veja

O que disse José Múcio:

Garnier "não tinha tropa" para dar um golpe, mesmo que tivesse a intenção.

Sentiu resistência do almirante de conversar com ele durante o governo de transição, conseguindo uma reunião somente poucos dias antes da tentativa de golpe.

'Neste governo, isso não acontece', afirmou Múcio ao lembrar que o presidente, o ministro da Defesa e os líderes das Forças Armadas eram outros em dezembro de 2022.

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