Maierovitch: Rosa entra para a história e pauta aborto no momento certo
A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber "entra para a história" ao votar a favor da descriminalização do aborto, afirmou o colunista do UOL Wálter Maierovitch no UOL News da manhã desta sexta-feira (22). Ela colocou a votação em pauta na quarta-feira (20) no plenário virtual do STF.
Rosa Weber coloca no momento certo, importante e fundamental esse tema. Temos que examinar esse aspecto e é por isso que ela entrará para a história. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
Em participação no UOL News, Maierovitch elogiou a postura de Rosa Weber sobre o assunto e lembrou da violência sofrida pelas mulheres, principalmente das camadas mais pobres da população, quando procuraram clínicas clandestinas para realizar um aborto.
Esse voto da Rosa Weber fecha com chave de ouro sua presidência, marcada pela imparcialidade e retidão de conduta. Ela também levou em conta muitas cautelas, como a grande consulta pública que deu amadurecimento. É uma questão constitucional. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
Bergamo: Voto de Rosa sobre aborto é histórico e pauta tema evitado no STF
Mônica Bergamo exaltou o voto da ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber pela descriminalização do aborto e o considerou "histórico". A colunista se mostrou reticente quanto às chances de a votação ser concluída com rapizes pelo STF. Ela contestou quem pede a prisão de mulheres que fizeram aborto e citou algumas personalidades que interromperam uma gravidez, como Hebe Camargo, Cássia Kis, Cissa Guimarães, Elba Ramalho, Marília Gabriela e Aracy Balabanian.
O aborto sempre foi um tema muito complicado e que se evitou abordar. O Congresso não consegue discutir esse assunto e a Suprema Corte sempre fugiu dele. Nunca chegou ao plenário e nunca teve um voto tão contundente a favor da descriminalização. A ministra Rosa Weber deu um voto histórico, que acendeu o debate. Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo
Bergamo: Punir Bolsonaro e baixo clero dos militares seria anistia informal
A delação de Mauro Cid, na qual associou membros da cúpula das Forças Armadas às tratativas golpistas de Jair Bolsonaro, evidencia a necessidade de punição aos militares de alta patente, como destacou Mônica Bergamo. Ela alertou para o risco de haver uma "anistia informal".
Era o Bolsonaro quem buscava apoio dos militares ou os militares também estavam nessa? Do jeito que se desenha a coisa, há embaixo pessoas punidas com 17 anos de prisão [pela participação nos atos golpistas de 8/1] e o Bolsonaro punido não sei por quanto tempo. Não houve ninguém no meio? De novo, como aconteceu na ditadura, haverá uma espécie de 'anistia informal' para deixar os militares de lado? A delação de Cid está trazendo a participação de militares e precisamos ver até que ponto vai avançar. Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo
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