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Instituto repudia comparação de Flávio entre prisões do 8/1 e o Holocausto

O Instituto Brasil-Israel repudiou uma comparação que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez entre as prisões de manifestantes golpistas que atacaram a Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro e o Holocausto.

O que aconteceu

Entidade disse que a comparação foi "uma distorção negacionista que fere a memória das vítimas". "Ao contrário dos detidos e presos por crimes em Brasília, as vítimas dos nazistas não cometeram crime algum, e foram exterminadas em razão de sua identidade religiosa, nacional, sexual ou política", afirmou o instituto, em nota.

Flávio decide entrar em resoluções assustadoras, sendo desrespeitoso e ofensivo com a memória. Fala de mulheres grávidas e crianças a caminho da câmara de gás e dos crematórios nazistas para compará-los aos infratores condenados pelo vandalismo em Brasília. Instituto Brasil-Israel

Prisões foram feitas nos 'moldes nazistas', disse Flávio

O senador disse que o episódio histórico foi "muito parecido" com as prisões das pessoas que destruíram Brasília.

A gente via pessoas com medo, querendo fugir do nazismo e sendo direcionadas para dentro de estações de trem de forma pacífica com a falsa promessa de fugir do regime nazista. [...] Enquanto elas estavam dentro das estações, eram ligadas as câmaras de gás e as pessoas morriam aos milhares. Muito parecido com o que aconteceu aqui, nas prisões dos dias 8 e 9 de janeiro. 'Vamos aqui, entra no ônibus, vamos te botar na rodoviária para você voltar para a sua casa.' O destino foi o presídio. Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

O que foi o Holocausto

Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o Holocausto - termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista - teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia).

No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.

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Determinar o número exato de vítimas, no entanto, é uma tarefa difícil para os historiadores, pois entre 70% e 75% das pessoas que chegavam ao campo eram enviadas diretamente às câmaras de gás, o que impossibilitava a existência de documentação sobre elas. A maioria das vítimas morreu nas câmaras entre fevereiro de 1942 e novembro de 1944.

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