Não se enfrenta crime organizado 'com rosas', diz nº 2 de Dino sobre Bahia
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, defendeu a polícia da Bahia e disse que o estado não vive uma situação de descontrole —apesar das mais de 50 mortes causadas pela polícia no mês.
O que aconteceu
"Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com rosas", disse o número 2 do ministro Flávio Dino em entrevista à CNN Brasil, na qual também definiu a polícia baiana como "boa". Na declaração, o secretário ainda ponderou que a "letalidade deve ser investigada e combatida".
Embates entre organizações criminosas não é problema "só da Bahia". Capelli também afirmou que o estado tem um suposto "rescaldo" dos últimos anos de gestão federal, com flexibilização para porte e posse de armas. Porém, a Bahia foi governada por Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil, entre 2015 e 2022.
Governo não estuda intervenção federal para o estado. Ao justificar a recusa, o secretário disse que o "governo da Bahia é forte e estruturado" e que o atual governador, Jerônimo Rodrigues (PT), tem "absoluto comando e controle da situação".
Dino: Bahia é 'um dos maiores desafios de segurança pública no Brasil'
A declaração do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi feita nesta semana. Ele afirmou que o governo federal segue em contato com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) para tentar estabilizar a situação no estado.
Os confrontos na região se intensificaram após a morte de um policial federal em 15 de setembro. Agentes federais e estaduais deflagraram uma operação para combater uma organização criminosa que estaria envolvida com tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos.
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