CPI não falhou, mas mostrou relação do bolsonarismo com 8/1, diz deputado
A CPI do 8/1 não falhou porque conseguiu mostrar o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados com os atos golpistas, disse o deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) em entrevista ao UOL News da manhã desta terça-feira (17).
O relatório pede o indiciamento de mais de 60 pessoas, sendo 31 militares. Membros da alta cúpula do governo aparecem em peso no relatório da CPI como participantes da tentativa de golpe. Veja a lista aqui.
Considero um bom relatório, tem indiciamento de Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres e Silvinei Vasques. Tem a compreensão de que o dia 8/1 não foi fruto de um espontaneísmo aleatório, mas foi consequência de uma cronologia golpista. O relatório tem essa virtude: janeiro foi consequência direta do bolsonarismo.
[A CPI] Teria falhado se esses oficiais ou financiadores não fossem devidamente indiciados, e estão sendo.
Não havia ali apenas uma base democrática, enfrentamos em todas as sessões o que chamo de extrema-direita, consolidada, institucionalizada, que tem base popular, quase se reelegeu e que tem uma bancada significativa na CPI.
Dal Piva: Nomeação para substituto na vaga de Rosa Weber no STF pode ficar para 2024
A escolha do nome que sucederá a ex-ministra do STF Rosa Weber deve se arrastar até 2024, com o ministro da Justiça Flávio Dino na dianteira para ocupar a cadeira, apurou a colunista do UOL Juliana Dal Piva.
Antes cotado, o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, já não é mais um dos favoritos para a vaga.
Tinha uma expectativa muito grande de que esse anúncio saísse logo, até porque o Supremo incompleto gera um problema de empate de votação. Enquanto não estiverem os 11 ministros lá, isso é uma questão.
O bastidor dá conta de que o presidente segue a linha de quando indicou Zanin: vai indicar alguém da confiança dele.
A questão agora é quem eventualmente poderia substituir Flávio Dino no Ministério da Justiça.
Todo dia alguém comenta sobre a insatisfação com o que estão caminhando as discussões caso o ministro seja apontado para o STF e quem vai substituir. O secretário-executivo, que é o Cappelli, esteve em momentos muito importantes ao longo do ano e é a escolha de Dino. O ministro gostaria de fazer seu substituto.
O que acontece? Cappelli não tem formação de Direito, ele é jornalista. Alas do PT não aceitam de jeito nenhum a nomeação de Cappelli para o lugar de Dino.
Para evitar mais desgaste em 2023, Lula irá segurar as indicações para o ano que vem.
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Quero receberA escolha de um levará a escolha de outro para tentar não desagradar todos os grupos ao mesmo tempo. Mas todo mundo vai sair um pouco insatisfeito com essas escolhas.
Como toda essa crise vai gerar questões e deixará rusgas, provavelmente vai ser uma questão não indicar uma outra mulher. Por outro lado, a escolha do novo ministro da Justiça vai gerar inúmeras discussões.
O que estão comentando nos últimos dias é que talvez o presidente Lula segure tudo isso para 2024 para parcelar esse desgaste.
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